quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Druidismo reconhecido como religião
A liberdade religiosa (acreditar no que se quiser e participar em cultos ou nada disso, incluindo o ateismo) é uma das liberdades fundamentais do quadro civilizacional em que nos movemos, a par com a liberdade política (poder escolher quem queremos que nos governe e poder afastá-los), de opinião (onde incluo a liberdade de imprensa, de expressão e de associação) e económica (onde se inclui a livre iniciativa, a propriedade, o fazer e desfazer negócios). Mas o druidismo como religião? Vejo positivamente a espiritualidade da harmonia com a natureza (que está presente em algum cristianismo). E sei que alguns arquitectos desenham obras a pensar no "espírito do lugar". Mas se há alguma religião que não se deve sentir bem com os tempos actuais é o druidismo, que não passa de uma versão do animismo, que aloca a todos os seres uma alma. Falar em druidismo parece-me sempre regressar ao passado. Suponho que também este revivalismo de religiões antigas, incluindo o paganismo e o gnosticismo, possa ser uma reacção à ciência sem alma dos nossos tempos e, por vezes, à igrejas sem carisma. A notícia é do "Jornal de Notícias" de 3 de Outubro de 2010.
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