Jorge Francisco Isidoro Luis Borges Acevedo nasceu em Buenos Aires, no dia 24 de Agosto de 1899, e morreu em Genebra, onde está sepultado, no dia 14 de Junho de 1986.
Julgava-se de ascendência portuguesa, embora tal seja difícil confirmar. Entre os seus temas literários preferidos estavam os sonhos, labirintos, espelhos, bibliotecas, escritores fictícios e livros fictícios, religião, Deus. Concebia o paraíso como uma biblioteca: “Sempre imaginei que o paraíso será uma espécie de biblioteca”.
Ser era crente, não o era à maneira ortodoxa. Mas a temática religiosa está amplamente presente na sua obra. Já aqui foi referido o conto “Um teólogo na morte” e há aquele hino à tolerância e ao pluralismo que é o conto “Os teólogos”, em “O Aleph”. São só exemplos.
Borges escreveu uma nota biográfica, irónica, para publicar numa enciclopédia a ser publicada em 2074 em Santiago do Chile, considerando-se um escritor secundário. Começa assim:
“Borges, José Francisco Isidro Luís — Escritor e autodidacta, nascido na cidade de Buenos Aires, então capital da Argentina, em 1889. Não é conhecida a data da sua morte, dado que os jornais — género literário da época — desapareceram ao longo de vastos conflitos de que os historiadores regionalistas hoje nos dão conta. As suas preferências foram para a literatura, a filosofia e a ética. Aquilo que do seu trabalho chegou até nós informa-nos suficientemente sobre o primeiro ponto, ao mesmo tempo que deixa entrever incuráveis limitações”.
Note-se que o seu nome e a data de nascimento estão errados.
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