sexta-feira, 18 de junho de 2010

Lutero e Teresa de Lisieux no paraíso

"A Reforma foi hostil às imagens. Sem ser iconoclasta, Lutero desconfiava das representações paradisíacas – permanecendo aberto em relação à música. O luteranismo fomentou, pois, uma interiorização do paraíso e reconciliou-se com uma tradição mística antiga, da qual também se encontram ecos na época contemporânea, nos escritos de Teresa de Lisieux: Lutero e a santa de Lisieux falaram a mesma linguagem, a da interioridade. Para eles, o paraíso está, em primeiro lugar, no interior de si, ainda que se possa passar a vida a procurá-lo sem o encontrar. Interiorizado, ele é forçosamente indizível e irrepresentável. Mas a convicção de que há uma felicidade possível, escondida em cada coração humano, é uma constante do cristianismo, que a partilha com outras religiões".

Jean Delumeau in "A mais bela história da felicidade", pág. 71

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