Nasce em Copenhaga, no dia 5 de Maio de 1813, o filósofo e teólogo Soren Kierkegaard. O pai do existencialismo morreria no dia 11 de Novembro de 1855.
Joseph Ratzinger, na obra “Introdução ao Cristianismo” (Princípia), resume uma história contada por Harvey Cox em “A Cidade do Homem” (edição brasileira; a portuguesa é “A Cidade Secular”), que este havia tomado de Kierkegaard.
A história é, portanto, de Kierkegaard. Mas cito-a na versão de Joseph Ratzinger, a única de que disponho.
“Certa vez, houve um incêndio num circo ambulante na Dinamarca. O director mandou imediatamente o palhaço, que já se encontrava vestido e maquilhado a preceito, para a vila mais próxima, à procura de ajuda, advertindo-o de que existia o perigo de o fogo se espalhar pelos campos ceifados e ressequidos, um risco iminente para as casas do próprio povoado. O palhaço correu até à vila e pediu aos moradores que viessem ajudar a apagar o incêndio que estava a destruir o circo. Mas os habitantes viram nos gritos do palhaço apenas um belo truque de publicidade que visaria levá-los a acorrer em grande número às sessões do circo; aplaudiam e desatavam a rir. Diante dessa reacção, o palhaço sentiu mais vontade de chorar do que de rir. Fez de tudo para convencer as pessoas de que não estava a representar, de que não se tratava de um truque e sim de um apelo da maior seriedade: estava realmente em causa um incêndio. Mas a sua insistência só fazia aumentar os risos; eles achavam que a performance estava excelente – até que o fogo alcançou de facto aquela vila. Aí já foi tarde, e o fogo acabou por destruir não só o circo, mas também a povoação” (pág. 27-28).
1 comentário:
O texto de Kierkegaard a que, penso, Joseph Ratzinger na "Introdução ao Cristianismo" se refere vem nos "Diapsalmata" de "Either/Or" e pode ser lido através do seguinte link no final da página 30: http://www.slideshare.net/albertolorusso/kierkegaard-diapsalmatajpg
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