Carlos Fiolhais publicou no blogue “De Rerum Natura” a conferência que proferiu em 8 de Outubro de 2009, no Porto, sobre ciência e religião (iniciativa “Diálogos com a Ciência”). Falou pela ciência. Na mesma ocasião, D. Manuel Clemente falou pela Igreja.
Vale a pena ler. Melhor do que os textos de Neil de Grasse Tyson, que são pretexto para o físico de Coimbra "postar" a conferência. Fiolhais termina a sua comunicação com um excerto de Carl Sagan (de “As Variedades da Experiência Científica”):
“Será que tentar perceber de alguma maneira o universo revela uma certa falta de humildade? Creio que é verdade que a humildade é a única resposta adequada perante o universo, mas não uma humildade que nos impeça de procurar descobrir a natureza do universo que estamos a admirar. Se procurarmos essa natureza, então o amor pode ser inspirado pela verdade, em vez de se basear na ignorância ou na auto-ilusão. Se existe um Deus criador, será que Ele ou Ela ou Isso ou seja qual for o pronome apropriado preferiria uma espécie de cepo embrutecido que o adorasse sem nada compreender? Ou preferiria que os seus devotos admirassem o universo real em toda a sua complexidade? Quanto a mim, parece-me a ciência é, pelo menos parcialmente, adoração informada. A minha crença mais profunda é que, se existe um deus vagamente do género tradicional, então a nossa curiosidade e inteligência provêm desse deus. Não saberíamos apreciar esses dons se reprimíssemos a nossa vontade de nos explorarmos a nós próprios e ao universo”.
A intervenção de D. Manuel Clemente (citada aqui por causa do darwinismo) pode ser lida na íntegra aqui.
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