A história já foi contada de muitas maneiras. Também João César das Neves a conta no livro “Ética empresarial”. Lembrei-me dela ao dar com esta magnífica “Santa Bárbara”, de Van Eyck (mas suponho que a catedral da imagem não seja a de Chartres).
Um dia, o rei Luís IX, S. Luís de França, visitou as obras da catedral de Chartres, em reconstrução depois do seu incêndio em 1194, causado por um raio. O rei, passeando pela construção, ia perguntando a cada um o que estava a fazer. As respostas foram várias.
Um carpinteiro afirmou-lhe que estava a fazer um dos bancos da nave central; um pedreiro lamentou-se que estava a trabalhar para ganhar a vida e dar de comer aos filhos; um escultor, apontando para um capitel, a que dava os últimos retoques, explicou que estava a seguir as novas regras da arte gótica, criando uma linha decorativa revolucionária.
Depois de perguntar a muita gente e de ter recebido respostas variadas, o rei encontrou, num canto escuro, um velhinho curvado que varria aparas de madeira. Quando o rei lhe perguntou o que estava a fazer, o velho respondeu: "Estou a construir uma catedral".
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