terça-feira, 15 de setembro de 2009

"O estranho caso de um católico inglês"

Maria Filomena Mónica escreve sobre a releitura de “Ortodoxia” no Público de hoje (uma referência à primeira edição em português da obra de Chesterton aqui). Quando se trata de religião, é preciso ter cuidado com o que a historiadora/socióloga escreve. Há uns anos, nas páginas do mesmo jornal, escrevia “Bodas de Canaã” em vez de Bodas de Caná e mais meia dúzia de disparates hilariantes.

O texto “O estranho caso de um católico inglês” é, contudo, muito interessante. Começa assim:

“Excepto nos países totalitários, a dissidência é um prazer. Segundo a mais simples fórmula matemática, a dupla dissidência dá o dobro do gozo. Ora, no Reino Unido, a opção pelo catolicismo representa um gesto de rebeldia não só em relação à Igreja como ao Estado. Depois de, no século XVI, Isabel I ter declarado serem os católicos um bando de heréticos, o destino desta confissão passou por várias etapas, da condenação à morte à tolerância e, por fim, à glamorização. Hoje, ser-se católico no Reino Unido é chique. Quando, em 1922, G. K. Chesterton aderiu à Igreja Católica (muitos anos depois de ter escrito este livro) já não se decapitavam os crentes no poder papal, mas não existia ainda a vaga de conversões recentes, de que a mais famosa é a de Tony Blair”.

Parece-me desfocada a visão da autora sobre o catolicismo expressa na segunda parte do artigo, por ler tudo a partir da sua experiência frustrante, mas aceita-se o conselho final:

“Não deixe que o livro se perca entre as capas que efemeramente ornamentam as estantes das nossas livrarias”.

Ler mais aqui.

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