terça-feira, 4 de agosto de 2009

M.S. Lourenço, 1936-2009

Morreu no dia 1 de Agosto, aos 73 anos, M. S. Lourenço. O “Público” (03-08-2009 - edição impressa), onde li a notícia, diz que era “o filósofo e poeta «notável» que Portugal não chegou a conhecer”.

Por uma série de coincidências, este filósofo não me era estranho. Lia-o no “Independente” dos primeiros anos. Escrevia umas crónicas poético-filosóficas que eu recortava para coleccionar. Mas li-o também quando estudei a filosofia de Wittgenstein. A tradução do “Tratado Lógico-Filosófico” e das “Investigações Filosóficas” (um só volume nas edições da Gulbenkian) era dele. E li-o, ainda, num dos números especiais dos “Cadernos o Tempo e o Modo” (que são anteriores a tudo isto).

No que tinha como tema “Deus o que é” escreveu um poema e uma reflexão sobre Mt 6,9-13. Termina assim esse comentário ao Pai-Nosso:

“Sem a Graça expomo-nos a cair.
Esta exposição chama-se angústia.
Não há oposição entre a Graça e o mérito individual. Este simplesmente não existe”.

Sem comentários:

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