domingo, 5 de julho de 2009

Paulo e Pedro


Pedro Mexia, no “Público” de 4 de Julho, escreve sobre Paulo de Tarso. Além do habitual – que nasceu em Tarso, que é o primeiro intelectual cristão, que escreveu cartas (Mexia prefere a aos Gálatas), que escreveram sobre ele no Livro dos Actos, que teve uma revelação, que de Jesus valoriza a morte e ressurreição – diz, em notável síntese:

“A grande revelação Paulina consiste na convicção de que a fé em Cristo não se dirige apenas a judeus mas a todos. Ele é conhecido como «o apóstolo dos gentios» porque recusou a tese «judaizante» segundo a qual primeiro era preciso ser judeu (ou convertido ao judaísmo) e só depois se podia abraçar o cristianismo. Além disso, os judaizantes defendiam o cumprimento estrito da Lei, enquanto para Paulo a Lei era suplantada pelo espírito, e por isso os rituais e mandamentos judaicos estavam ultrapassados. Nenhuma outra doutrina causou tantos ataques. A polémica entre Paulo e Pedro é um dos momentos mais marcantes de toda a história do cristianismo e revela até que ponto o cristianismo é também uma religião de polémica e confronto, bem diferente de uma certa imagem beatífica e sentimental”.

Pedro Mexia dedica o texto a Tiago Cavaco, que é pastor baptista, bloguista (Voz do Deserto) e, ao mesmo tempo, músico panque-roque, como gosta de dizer, sob o nome de Tiago Guillul.

Imagem: "Damascus Illumination", de Paul Granlund, 1967, bronze na Igreja Luterana de S. Paulo, West Avenue at Madison.

Só há doze bispos no mundo. São todos homens e judeus

No início de novembro este meu texto foi publicado na Ecclesia. Do meu ponto de vista, esta é a questão mais importante que a Igreja tem de ...