A importância da Verbo, quer se goste quer não se goste do estilo, nunca
poderá ser menorizada. Dizia um padre, no tempo de maior pujança da
editora, que os grandes órgãos de comunicação da Igreja eram a
Universidade Católica, a Rádio Renascença e a Verbo, com a
particularidade de a Verbo não pertencer à Igreja. E, de facto, em
tempos de sanha revolucionária, de PREC e de purgas, a Verbo funcionou
como única hipótese de direito ao contraditório dos vencidos.
Lido aqui.
segunda-feira, 29 de agosto de 2016
Fernando Guedes e o Verbo
Morreu Fernando Guedes. O nome não me dizia nada até perceber que era o fundador da Verbo (e afinal já lera páginas dele sobre a história da edição em Portugal). Deu-nos livros como a "Apologia", de Henry Newman, ou os "Ensaios ecuménicos", de Yves Congar. E os "Diálogos sobre a Fé", de Ratzinger. Só por estas três obras (todas referidas diversas vezes ao longo deste blogue), já teria feito muito pela cultura católica em Portugal. E por mim. Evidentemente, Verbo tem conotações teológicas.
domingo, 28 de agosto de 2016
O céu somos nós
Lido no Público de hoje:
(...) Quer o Bloco quer o PCP souberam embrulhar o seu apoio numa teoria. A teoria do mal menor. O Governo é o governo do PS marialva, pequeno-burguês de fachada socialista, fiel ao défice e aos compromissos da dívida. É o purgatório, mas o PSD e o CDS são piores. São o inferno.
(...) Quer o Bloco quer o PCP souberam embrulhar o seu apoio numa teoria. A teoria do mal menor. O Governo é o governo do PS marialva, pequeno-burguês de fachada socialista, fiel ao défice e aos compromissos da dívida. É o purgatório, mas o PSD e o CDS são piores. São o inferno.
sexta-feira, 26 de agosto de 2016
Papa fictícios
No romance "Lázaro", de Morris West, o Papa Leão XIV sucede a Gregório XVI, que tinha sucedido a Cirilo I. Alguém conhece outros papas fictícios, da literatura (além do Celestino VI)?
quarta-feira, 24 de agosto de 2016
Os católicos O'Neill
Lendo sem método nem objetivos a biografia literária de Alexandre O'Neill (quase todos os adolescentes nos anos 80 tiveram uma fase o'neillista), de Maria Antónia Oliveira, vejo que o poeta ateu era descendente de uma família católica irlandesa que fugiu para Portugal, no séc. XVIII, por causa das perseguições contra católicos no Ulster. O'Neill morreu há 30 anos, a 21 de agosto de 1986. E é por isso que estou a ler, com gosto, a biografia.
terça-feira, 23 de agosto de 2016
50 anos da morte de Louis Lebret, op
O padre Louis-Joseph Lebret, que muito influenciou a encíclica paulina "Populorum progressio", morreu no dia 20 de julho de 1966, há meio século, portanto. O Osservatore Romano publicou há dias um artigo sobre este padre dominicano que muito influenciou a Doutrina Social da Igreja. Em português, pode ser lido aqui.
segunda-feira, 22 de agosto de 2016
João Miguel Tavares: Ser cristão não serve para nada?
João Miguel Tavares no Público de 20 de agosto:
Inúmeros leitores agnósticos e ateus ficaram ofendidos com as minhas palavras. Essa ofensa tem um duplo efeito sobre mim: chateia-me e entristece-me, porque me parece pura e simplesmente absurda. Vamos por partes. Em primeiro lugar, a questão dos Evangelhos. Eu não conheço todos os livros sapienciais do planeta, mas dentro daquilo que é a literatura ocidental ou a tradição dos monoteísmos não estou a ver que outro livro trate o amor ao próximo e a empatia de forma mais radical do que os Evangelhos. Isto só é uma opinião original para quem nunca leu a Bíblia. Não percebo porque é que um ateu não pode ler os Evangelhos com a mesma abertura intelectual com que lê Hamlet. Eu preciso de provar a existência do crânio de Yorick para apreciar as palavras de Shakespeare? Então para quê viver obcecado com a adesão à realidade dos conteúdos da Bíblia? Esqueça-se a existência de Deus e aprecie-se a literatura. Não é preciso acreditar na ressurreição para admitir que a empatia se encontra retratada nos Evangelhos como em nenhum outro lugar.
É ler tudo aqui.
Inúmeros leitores agnósticos e ateus ficaram ofendidos com as minhas palavras. Essa ofensa tem um duplo efeito sobre mim: chateia-me e entristece-me, porque me parece pura e simplesmente absurda. Vamos por partes. Em primeiro lugar, a questão dos Evangelhos. Eu não conheço todos os livros sapienciais do planeta, mas dentro daquilo que é a literatura ocidental ou a tradição dos monoteísmos não estou a ver que outro livro trate o amor ao próximo e a empatia de forma mais radical do que os Evangelhos. Isto só é uma opinião original para quem nunca leu a Bíblia. Não percebo porque é que um ateu não pode ler os Evangelhos com a mesma abertura intelectual com que lê Hamlet. Eu preciso de provar a existência do crânio de Yorick para apreciar as palavras de Shakespeare? Então para quê viver obcecado com a adesão à realidade dos conteúdos da Bíblia? Esqueça-se a existência de Deus e aprecie-se a literatura. Não é preciso acreditar na ressurreição para admitir que a empatia se encontra retratada nos Evangelhos como em nenhum outro lugar.
É ler tudo aqui.
domingo, 21 de agosto de 2016
A falta que os pastores fazem a Portugal
Antes da minha prova eu tinha conversado com meu pastor e ele falou: "Seu Deus vai deixar você ser campeão". Aí, tentei e deu certo.
Thiago Braz, medalha de ouro no salto à vara, Rio 2016
Thiago Braz, medalha de ouro no salto à vara, Rio 2016
sábado, 20 de agosto de 2016
sábado, 30 de julho de 2016
quarta-feira, 25 de novembro de 2015
Cinco escritores que se inspiram na Bíblia
Erri De Luca, Sergio Ramírez, Emmanuel Carrère, Ricardo
Menéndez Salmón e Amos Oz são cinco autores contemporâneos que usam a Bíblia
como matéria-prima. Artigo de Berna González Harbour no El País de 23-11-2015,
lido no IHU.
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
domingo, 15 de novembro de 2015
O fim da papolatria?
Dizem-me que a papolatria, que denunciei várias vezes nestas crónicas,
morreu.
Bento Domingues na crónica de hoje. Mas penso que, na realidade, a papolatria não morreu. Um certo tipo de papolatria morreu. Outro apenas adormeceu. Mas também há papolatria em relação a Francisco.
Bento Domingues na crónica de hoje. Mas penso que, na realidade, a papolatria não morreu. Um certo tipo de papolatria morreu. Outro apenas adormeceu. Mas também há papolatria em relação a Francisco.
sábado, 14 de novembro de 2015
Pacto das Catacumbas
A editora Paulinas apresenta no dia 16 de novembro, às 18h30, na Capela do Rato, em Lisboa, o livro "O Pacto das Catacumbas". Vai lá estar D. Manuel Clemente.
Da sinopse:
No dia 16 de novembro de 1965, quando o Concílio Vaticano II já se aproximava do fim, 40 bispos reuniram-se nas catacumbas de Santa Domitila, em Roma, para celebrar a Eucaristia e assinar um documento em que expressavam o seu compromisso pessoal com os ideais do Concílio: viver um estilo de vida simples e a exercer o seu ministério pastoral de acordo com critérios evangélicos. O Pacto das Catacumbas é, sem dúvida, um compromisso pessoal de cada um daqueles bispos, mas é também, simultaneamente, um desafio para toda a Igreja e um instrumento para aferir a sua fidelidade ao Evangelho.
Bento Domingues escreveu há tempos sobre este pacto. Ler aqui.
Da sinopse:
No dia 16 de novembro de 1965, quando o Concílio Vaticano II já se aproximava do fim, 40 bispos reuniram-se nas catacumbas de Santa Domitila, em Roma, para celebrar a Eucaristia e assinar um documento em que expressavam o seu compromisso pessoal com os ideais do Concílio: viver um estilo de vida simples e a exercer o seu ministério pastoral de acordo com critérios evangélicos. O Pacto das Catacumbas é, sem dúvida, um compromisso pessoal de cada um daqueles bispos, mas é também, simultaneamente, um desafio para toda a Igreja e um instrumento para aferir a sua fidelidade ao Evangelho.
Bento Domingues escreveu há tempos sobre este pacto. Ler aqui.
Anselmo Borges no DN: "Jesus e o Vaticano"
Como se pode andar distraído! Como é que, tendo estado várias vezes na Praça de São Pedro, não fui ler o que está escrito no famoso obelisco, no centro da praça?! Foi preciso lê-lo agora em Jesús Bastante, que lembra que o obelisco veio do Egipto no ano 37 da nossa era, tendo sido trasladado, 15 séculos depois, do circo de Nero para o lugar que agora ocupa, fazendo o Papa Sisto V, em 26 de Setembro de 1586, gravar na sua base de mármore uma antiga fórmula de exorcismo: "Ecce crux Domini" (eis a cruz do Senhor), "Fugite, partes adversas" (Fugi, forças do caos) - um autêntico exorcismo, "Vicit Leo de tribu Juda" (o Leão da tribo de Judá venceu). Desse modo, a Praça de São Pedro delimitaria simbolicamente o enfrentamento entre o Bem e o Mal, "e o exorcismo impediria que o Demónio chegasse à sede de Pedro".
Ler o resto aqui.
Sobre o obelisco, há umas coisas escritas aqui.
Sobre o obelisco, há umas coisas escritas aqui.
quarta-feira, 11 de novembro de 2015
Medo
Ouvi dizer que a expressão "Não tenhais medo", por estas ou palavras próximas, aparece 365 vezes na Bíblia. Deve ser uma para cada dia. Mas de quatro em quatro anos há um dia para ter medo?
segunda-feira, 9 de novembro de 2015
Anselmo Borges: "A pessoa, ser em tensão"
Mas, se a constituição do homem é a de um ser unitário, também é fundamental entender que é um ser em tensão.
Texto de Anselmo Borges no DN de sábado, aqui.
sábado, 7 de novembro de 2015
Feriados
O governo das esquerdas vai repor os quatro feriados, dois civis e dois religiosos? Pela minha parte, não era preciso restaurar nenhum deles. Sugiro mesmo que suprimam todos os feriados que não calham ao domingo. Dava imenso jeito.
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
sábado, 31 de outubro de 2015
Anselmo Borges fala da morte no seu artigo de hoje
Anselmo Borges fala da morte no seu artigo de hoje (tema, aliás, da sua tese de doutoramento na Alemanha) no DN:
Aqui.
A morte é impensável em si mesma. Quando pensamos nela, é sempre no abismo do impensável que mergulhamos. Só por ilusão de linguagem é que dizemos, diante do cadáver do pai, da mãe, da mulher, do amigo: ele (ela) está aqui morto (morta). Na realidade, ele ou ela não está ali: o que falta é precisamente ele ou ela. E ninguém leva o pai ou a mãe, o filho, o amigo, à "última morada", para enterrá-los ou cremá-los. Como não tem sentido dizer que eles estão no cemitério e que vamos lá visitá-los. Nos cemitérios, com excepção dos vivos que lá vão, não há ninguém. Então, porque é que a sua violação é uma profanação execranda? O que há verdadeiramente nos cemitérios? Naquele espaço sagrado, do silêncio recolhido, está, paradoxalmente, a fonte da linguagem enquanto espaço da abertura e da pergunta. O que há nos cemitérios é um infinito ponto de interrogação: "O que é o homem?" A morte e o seu pensamento abrem a condição humana ao desconhecido, à Transcendência inominável, que apela e que invocamos.
Aqui.
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