João Miguel Tavares no Público de 20 de agosto:
Inúmeros leitores agnósticos e ateus ficaram ofendidos com as minhas palavras. Essa ofensa tem um duplo efeito sobre mim: chateia-me e entristece-me, porque me parece pura e simplesmente absurda. Vamos por partes. Em primeiro lugar, a questão dos Evangelhos. Eu não conheço todos os livros sapienciais do planeta, mas dentro daquilo que é a literatura ocidental ou a tradição dos monoteísmos não estou a ver que outro livro trate o amor ao próximo e a empatia de forma mais radical do que os Evangelhos. Isto só é uma opinião original para quem nunca leu a Bíblia. Não percebo porque é que um ateu não pode ler os Evangelhos com a mesma abertura intelectual com que lê Hamlet. Eu preciso de provar a existência do crânio de Yorick para apreciar as palavras de Shakespeare? Então para quê viver obcecado com a adesão à realidade dos conteúdos da Bíblia? Esqueça-se a existência de Deus e aprecie-se a literatura. Não é preciso acreditar na ressurreição para admitir que a empatia se encontra retratada nos Evangelhos como em nenhum outro lugar.
É ler tudo aqui.
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