segunda-feira, 14 de julho de 2014

Mulheres no episcopado

O sínodo da geral Igreja da Inglaterra (anglicana) aprovou nesta segunda-feira por esmagadora maioria a ordenação de mulheres como bispos, uma medida histórica que a dividia há anos.

Li aquiFico contente com a notícia. Um dia lá chegaremos nós, os católicos. Pena não estarmos à frente.

9 comentários:

Miguel disse...

Mau maria… lá temos que apanhar outra vez com estes “progressismos ultrapassados” com uma “irrelevância teológica” que até fazem gemer os deuses! Mas cabe na cabeça de alguma alma teologicamente concebida nesse poder superior intelectual do macho, ter agora que partilhar as hermenêuticas da sacristia que tantas pestanas queimaram, naquelas madraças, bem mais caras que o peixe /diga-se de verdade/ que até já nem o pobre pode saborear/, com essa atrevida e escandalosa hermenêutica feminista, que mais não é, do que restos do tal fruto proibido, que elas guardam escondido, como arma traiçoeira, nesses lugares de repouso onde descansam os rostos famintos, desses filhos eternamente gerados e concebidos em pecado! Aí malvadas bispas e todas essas ingratas das costelas emprestadas, logo vós, donzelas rebeldes que fosteis criadas por este pretérito perfeito, para encher as maternidades, nessa nobre missão, ainda que imerecida, porque sois vós, e só vós, as responsáveis pela introdução do pecado no mundo!

A psicó das religare, lá vai avisando, que a solução para a crise, já não passa por continuar a reduzir a mera ontologia de género, esse mundo do macho que tanto trabalhinho deu a alguns patriarcas, mas sim, tentar-se por todos os meios nas confissões, consertar essas cabecinhas intoxicadas, para ver se desistem de tal sonho, que só pode ter origem, em tanta ida ao cabeleireiro! E não há classe feminina que escape aos malefícios dessas tintas com que elas pintam o cabelo, nem mesmo as “esposas de Cristo”! Mau maria… hoje vou levar com o rolo da massa lá em casa… já nem um esposo fiel pode lamentar-se da má qualidade da sopa, tudo fruto delas andarem a perder tempo, nessas estapor_adas visitas, ao alfaiate dos bispos!

Anónimo disse...

Jore, mulher de juízo na cabeça não deve certamente ambicionar ser presbítera, bispa, cónega, monsenhora, cardeala e muito menos papisa. Tudo isso são puras invençoes do género masculino. Mais aquela salgalhada toda de serem as responsáveis pelos pecados do mundo, como refere o Miguel. Tudo invenções do género masculino, que só pela força bruta e estúpida, consegue vencer. Felizmente essa gente "tão máscula" está a diminuir cada vez mais. Desapareçam de vez!

Anónimo disse...

Uma triste notícias para quem não sabe que uma mulher, no paralelismo assumido por Cristo entre Deus/humanidade e Graça/liberdade, nunca pode representar a Cristo, que é simultaneamente Deus e ser humano. Uma vergonha.

Jorge Pires Ferreira disse...

E como já alguém disse, os sacramentos são 13, sete para homens e seis para mulheres. Ou, em média, 6,5. Penso que é isto que devem ensinar na catequese. Se ensinam algo diferente, na atualidade - por exemplo, que são 7-, está errado.

Anónimo disse...

Correcto, Jorge. É assim. Sem tirar nem por. As mulheres não ficam a perder em nada. Não é o número de sacramentos que podem receber que as aproxima mais de Deus.

Jorge Pires Ferreira disse...

Deve ser isso, deve. Os sacramentos não tem nada a ver com aproximação e afastamento de/a Deus. Nem com Deus, afinal. Também poderia o anónimo dizer que uns são de santificação e outros de serviço. E que as mulheres só não podem receber os de serviço. Mas continuariam a ter uma incapacidade qualquer.

Não adianta. Enqquanto homens e mulheres não puderem receber os mesmos sacramentos, não há volta a dar. Há diferença na dignidade, seja a diferença atribuída à Igreja, a Deus, ao Papa, à teologia, a Jesus, à biologia...

Anónimo disse...

Muito bem Jorge!

Anónimo disse...

Não, Jorge. Não é o ser ou não crismado que me aproxima mais ou menos a Deus; não é o ser ou não célibe e não ordenado que me aproxima. Ou seja: uma mulher casada e crismada tem, logo, mais dois sacramentos do que eu. Estará ela mais próxima de Deus do que eu? Deixe-se de coisas e admita que é uma visão distorcida da sua parte.

Jorge Pires Ferreira disse...

Caro amigo das 11:16, tanto o sr. como eu sabemos que os publicanos e as prostitutas nos precedem no Reino dos Céus, sacramentados ou não. Mas se os sacramentos nada têm a ver com a salvação de Deus (e o que é a salvação se não aproximação de/a Deus), para que é que existem? Meros ritos?

Insisto: enquanto homens e mulheres não puderem receber o mesmo número de sacramentos, há qualquer coisa que não compreendo nem aceito, seja em nome do que for e de quem for. E, na realidade, as explicações que dão para que tal diferença exista são sempre, no mínimo, muito pífias, para não dizer claramente anticristãs (como por exemplo falar da incapacidade das mulheres para certas coisas).

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