sexta-feira, 22 de março de 2013

Como se chamava o Papa antes de Francisco?

Vou reler hoje à tarde a "Deus caritas est", do Papa, alguém ainda se lembra dele?, Bento XVI. Parece que sim, mas só quando Francisco lhe telefona. Eu, que não gostei muito de Bento XVI, mas era o Papa dos católicos, não gosto muito do que lhe estão a fazer. A papofilia que antes lhe dedicava tudo, agora vai por outro lado. Faz tanta falta a consciência crítica.

12 comentários:

Anónimo disse...

Não gosta muito, pois eu não gosto NADA.Falta a consciência crítica, sim, a muitos, mas a alguns falta até a simples vergonha na cara. Este contraponto entre um Papa "bom" e um Papa "mau" é típico das simplificações mediáticas. Ora se este Papa tem de simbolizar "limpeza" é evidente que os outros todos são "sujos". Vamos lá ver até quando dura o "namoro" com o Papa Francisco.

Bento XVI foi um grande Papa. Teve de carregar com a sombra de um predecessor canonizado em vida pelos Media (ainda que sem ter sido um grande Papa, quanto a mim), e com a incúria das várias dioceses e seus bispos, que são muito a favor de partilhar o poder mas estranhamente avessas a assumirem as suas responsabilidades, do género "tudo o que é bom fomos nós, tudo o que é mau, culpem Roma."

Devemos realmente reler as suas encíclicas, as suas homilias, os seus livros. Não é dos mais fáceis de citar num jornal, mas merece bem a atenção.

Maria João Brás

Anónimo disse...

Do que é que o blogger, não gostou em Bento XVI? Sou leitor recente do blog e gostava de perceber, qual é a sua opinião sobre o anterior papa.

Diamantino Costa disse...

Meu caro!
Não me parece que fique surpreendido pelo que estão a fazer ao Cardeal Ratzinger.
Antes de ser Papa ninguem gostava dele. Agora que não é Papa (ou é?)volta ao que era antes.
Nada de novo.

J. Duque disse...

Também não concordo com o que estão a fazer com Bento XVI. Teve um pontificado muito difícil, nunca esteve “no goto” da Comunicação social, mas deixou textos (encíclicas, livros) admiráveis, que vão fica na história da Igreja. Tinha um estilo tradicionalista (na Liturgia e na apresentação), mas cada Papa tem a sua “marca” própria.
Admiro a simplicidade do Papa Francisco, mas quero ver até quando é que vai durar o seu “estado de graça” junto dos “mass media”. Porque quando começar a governar (por muito “colegial” que venha a ser o seu pontificado), é natural que degrade a uns e agrade outros…

Anónimo disse...


Caro Jorge,

conhece a história de Bento VII ?

Rui Jardim

Anónimo disse...


E a história de Bento XI, conhece?

Rui J.

Anónimo disse...

Há uma coisa muito elementar que certo catolicismo português (tanto "conservador" como "progressista") parece que não entende : o entusiasmo em volta do Papa Francisco, contrariamente ao que diagnostica Frei Bento Domingues, não é "papolatria" ou "papofilia". É apenas um cansaço das pseudo-elites corruptas que nos governam. As pessoas anseiam por alguém que possam genuinamente admirar pela grandeza moral da sua visão da humanidade. Outro aspecto da mesma questão, e esta vai para os "conservadores", é que não entra na cabecinha de alguns católicos portugueses (os tais da "hermenêutica da continuidade") que o Papa Francisco é realmente uma NOVIDADE DE DEUS...

Anónimo disse...

Acrescento ainda : essa conversa de "quando o Papa começar a falar de moral sexual é que vão ver e o namoro ou a lua-de-mel" vai acabar é um eco da entrevista de V. Messori, o célebre entrevistador-amigo-confidente de dois Papas já no papo. Pois esse senhor incansável, que já lançou um livro intitulado "A Igreja de Francisco" ainda mal (ou melhor, bem) iniciado o novo pontificado, esse grande interpréte do pensamento de Bento XVI, talvez lhe pudesse seguir o exemplo e "reformar-se" (com todo o respeito por Bento XVI) da actividade livresca...

Anónimo disse...


Como o Jorge não responde imagino que, tal como eu, nada saiba sobre Bento XII, nem Bento X, nem João II, nem Pio V, nem sobre a esmagadora maioria dos duzentos e muitos papas que a Igreja já teve.

Dentro de algumas décadas, a grande maioria das pessoas pouco ou nada saberá sobre Bento XVI. Mas o horizonte de Joseph Ratzinger são os olhos sábios e verdadeiros de Deus e não os olhos ignorantes dos homens. E é nessa medida que ele tem um belo lugar na história de toda a criação.

Talvez pensar um bocadinho, um nadinha, em Deus e na eternidade que nos destina e menos em critérios mundanos fosse útil aos cristãos.

Saudações,
Rui Jardim

Jorge Pires Ferreira disse...

Rui, ainda não respondi (não foi só falta de tempo, foi também a gripe).

Dos Papas que aponta, assim se repente, só tenho presente quem foi Pio V, que é óbvio. Dos outros, tenho ideia que alguns Bentos foram muito maus, não sei se esses, e João II é o Mercúrio, como foi dito nestes dias.

Ao contrário do que que diz, temos bons motivos, por exemplo, para recordar todos os papa do séc. XX, por exemlplo.

Anónimo disse...


Jorge,

acho que não fui claro no que queria dizer.

Excepto para alguns especialistas, a grande maioria dos papas não fica para a história, mesmo aqueles que foram santos. O próprio Jorge, que tem muito mais cultura de Igreja do que eu, conhecerá o pontificado de uns vinte,trinta ou quarenta, não mais. Foram 266!

Concordo consigo: no séc. XX a Igreja teve grandes papas. E, como sabe, gosto especialmente de Bento XVI. Sei que dentro de umas décadas a maioria das pessoas o terá esquecido, mas isso não me preocupa pois, como antes sugeri, Bento XVI tem já um bom lugar na grande história-na história das coisas de Deus, na história da eternidade. E é nessa que eu sugiro que pensemos um pouco mais.

Rui J.


Anónimo disse...




A escolha (nomes e números) foi à sorte e até acabei por falar num dos 10 papas da história que muita gente conhece: Pio V. Mas eu podia ter dito Celestino II, Inocêncio VI, Anastásio III, Silvestre I, Leão IV, sei lá eu!

Acho que me faço entender e que o meu argumento é válido.

Rui J.

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