Sim,
muito. Aliás, tudo, como todas as partículas, do fermião mais insignificante à
molécula mais graúda, dos cabelos cada vez mais raros da nossa cabeça à
megagaláxia mais deslumbrante.
Mas é
irritante e revelador do preconceito cientificista dizer que o bosão de Higgs
(previsto pelo inglês Peter Higgs, de 83 anos), ao qual o físico Leon Lederman
(norte-americano, 89 anos) chamou “partícula de Deus” e que parece finalmente
ter sido detetado hoje no CERN, nascido a 4 de julho, portanto,
a) explica por que é que existe o universo
em vez do nada
b) dispensa Deus.
Tanto
quanto percebi, o bosão de Higgs, sendo a última peça do puzzle da matéria
a) explica por que todas as outras
partículas têm massa e, consequentemente
b) tem implicações desde a física nuclear
até à origem do universo (li aqui).
Mas
isso nada nos diz do porquê e para quê existe isto tudo nem do porquê e para
quê andamos por cá. Partícula de Deus? Com certeza, como todas as outras. Mas
as respostas que interessam para o sentido não é a
física que no-las dá.
4 comentários:
Plenamente de acordo Jorge. Obrigado pelo seu comentário.
Obrigado, pelo seu comentário. Revi o texto, que tinha uma série de erros.
Nem mais! Até lhe podem chamar a partícula perfeita, mas que dessa pouco tem.
Jorge: muito bem! Bem melhor do que os comentários sobre este tema que hoje o JN recolheu junto de Tolentino Mendonça.
Já agora: tive na mão uma tese de doutoramento de um professor da faculdade de teologia do Porto (um franciscano chamado d'Almeida) e fiquei chocado: aquilo é de uma pobreza abismal. Com professores assim não é possível que haja teologia de ponta em Portugal.
Fernando d'Costa
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