quinta-feira, 14 de junho de 2012

Descobertas 29 homilias inéditas de Orígenes



Notícia admirável, no "L'Osservatore Romano" (aqui), sobre um dos maiores teólogos de sempre, apesar de condenado pela oficialidade do tempo:
Con toda probabilidad es el descubrimiento del siglo el que realizó una filóloga italiana en la biblioteca de Múnich, anunciado ayer por la misma Bayerische Staatsbibliothek. En la tarde del pasado día 5 de abril, Jueves santo, estudiando un códice bizantino del  siglo XI, el Monacense greco 314, Marina Molin Pradel se dio cuenta de que algunas homilías sobre los Salmos contenidas en él correspondían a las de Orígenes traducidas al latín por Rufino a inicios del siglo V.  E inmediatamente después de Pascua, extendiendo los controles sobre el manuscrito, la estudiosa llegó a la conclusión de que todas las veintinueve homilías contenidas en el códice, hasta ahora inéditas, son del gran intelectual cristiano. En la primera mitad del siglo III, Orígenes había dictado sobre el Salterio una serie imponente de obras que pronto ejercieron un influjo decisivo sobre la exégesis bíblica,  tanto griega como latina. Pero precisamente su extensión, además de la condena del año 553,  explica su pérdida casi total, ya en época antigua.
De Orígenes diz Kung (ups!), citando Balthasar (ah!)*:
Segundo diz Balthasar, nenhum dos grandes teólogos, desde os capadócios a Agostinho, de Dionísio a Máximo, de Escoto Eriúgena a Eckhart, «tinha sido capaz de resistir ao fascínio quase mágico do  "homem de aço"» - segundo eles se lhe referiam. Alguns sucumbiram-lhe completamente: «Se se retirar a Eusébio o brilho de Orígenes, ficaremos apenas com um teólogo mediano e um historiador aplicado. Jerónimo limita-se a transcrevê-lo, nos seus comentários da Escritura, mesmo depois de, com uma aparente dureza e revolta, ter rompido a ligação com o seu mestre. Basílio e Gregório de Nazianzo recolhem com uma admiração entusiástica as passagens mais sedutoras da obra imensa daquele a quem eles próprios recorriam, sempre que a luta quotidiana lhes permitia um momento de descanso. Gregório de Nissa deixou-se seduzir por ele mais profundamente ainda. Os escritos dos capadócios transmitem-no quase integralmente. A maior parte dos textos do Breviário, compostos por Ambrósio (assim como os de Jerónimo e de Beda), que o conheceu diretamente e que o transcreve, não passam de citações praticamente literais de textos de Orígenes» (pág. 46 de "Os grandes pensadores do Cristianismo", ed. Presença).
* O ups e o ah são dedicados a alguns leitores especiais. Eles sabem quem são.

2 comentários:

Anónimo disse...

E aqui está de novo o autor deste blog a louvar o padre falhado (que padre tem dois filhos e permanece padre se não for um falhado?) que andava por Roma com uma gravata amarela a esvoaçar enquanto conduzia uma Scooter vermelha topo de gama? Já não há pachorra!

Jorge Pires Ferreira disse...

Ai está a falar de Hans Kung?!
É que ontem pôs este mesmo comentário num texto Walter Kasper...

http://tribodejacob.blogspot.pt/2012/06/mais-uma-do-gaspar.html

Scooter vermelha topo de gama?

Já tinha ouvido falar de um mercedes descapotável e até de um ferrari... Scooter? Está a descer de nível.

Leia os comentários aqui:
http://tribodejacob.blogspot.pt/2012/05/budistas-anonimos.html

Por último, não louvei Kung. Citei-o a ele, que citava outro.

Como dizia um professor meu, quem "não distingue, confunde", que é o que o amigo faz.

Se não tem pachorra, não ande por cá. Mas olhe que é bem-vindo.

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