Frances e o marido, Chesterton
A poesia é sã porque flutua, facilmente, num mar infinito; a
razão, porém, procura atravessar esse mar infinito e torná-lo, assim, finito. (…)
Aceitar todas as coisas é um exercício, mas compreender todas as coisas é um
esforço. O poeta procura apenas a exaltação e a expansão, isto é, procura um
mundo em que se possa expandir. O poeta pretende, apenas, meter a cabeça no
Céu, ao passo que o lógico se esforça por meter o Céu na cabeça. E é a cabeça
que acaba por rebentar.
Chesterton, "Ortodoxia" (Livraria Tavares Martins,
1947), 39.
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