quinta-feira, 3 de maio de 2012

Ainda a maçonaria e a Igreja Católica


No "Público" de ontem. Apesar de concordar que maçonaria e fé cristã não casam, pelo que tem de se optar por uma ou outra (mas dizem que há outras maçonarias mais abertas do que a continental), não alinho com a argumentação de João de Mendia, que faz temer o pior quando diz que "a Igreja e a sua doutrina não se regem pelo que o Papa ou os fiéis acham, mas pelo que o Filho de Deus feito Homem, Jesus Cristo, definiu ad aeternum". Jesus definiu alguma coisa ad aeternum? Uma que seja? Jesus falou, mostrou, deu sinais. Mas não me lembro de ver nos evangelhos, que são quatro, e diferentes, e por vezes contraditórios, não redutíveis uns aos outros, Jesus a definir o que quer que fosse. Por outro lado,  João de Mendia esquece-se do sensus fidelium. A Igreja não é um mero depósito de coisas caídas do céu. Teologia pouco eclesial e temível a de João de Mendia.


Ver aqui os outros artigos referidos no texto de João de Mendia.

3 comentários:

Anónimo disse...

Verdadeiramente peçonhento, mas intuo que a sua linguagem seja fruto de uma mentalidade à "Opus Dei". Mas posso estar enganado: ultimamente tenho errado muito nas minhas conclusões. Mas que quererá o autor dizer com "definiu"? Claro que a Bíblia diz que a Palavra de Deus não mudará nem passará e que há palavras de Jesus que norteiam e nortearão "para todo sempre" o que é ser seu discípulo, mas daí a dizer que Jesus definiu como se fosse um qualquer filósofo à Baruch Espinoza vai um salto imenso.

Fernando d'Costa

Anónimo disse...

De Joao Mendia
" O lado direito das coisas"

"O 25 de Abril, em definitivo, foi mau para Portugal. Terá sido mesmo, em minha opinião, o que de pior e com piores consequências se passou ao longo da nossa já muito longa História de quase 900 anos."

palavras para quê?

João Silveira disse...

Fernando d'Costa, importa-se de dizer o que é uma mentilidade à "Opus Dei"? E já agora como é que tomou conhecimento dessa dita mentalidade, tem algum amigo que pertença?

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