quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Isenção de IMI pode acabar para a Igreja

No "Dinheiro Vivo" (DN ou JN) de sábado, 18 de fevereiro.

28 comentários:

Anónimo disse...

Parece-me bem.
Tal como me parece bem que os bispos tenham decidido, atendendo à crise, que as colectas de renuncia da Quaresma se destinem a reforçar os fundos solidários.
A excepção é na diocese mais envelhecida e talvez uma das mais pobres. O bispo decidiu que a colecta vai para as obras da casa sacerdotal. Vá-se lá entender porquê... Tanto protagonismo na comunicação social, em defesa dos mais pobres e desamparados e depois, VÊ-SE! "O algodão não engana".

Anónimo disse...

Ai não engana, não! É só sorrisos e entrevistas.

Anónimo disse...

Ainda não li o texto. Vou ler. Por coincidência (com o tema dinheiro), hoje folheei um trabalho académico sobre "fazenda e poder" no século XVIII numa terra
portuguesa, igual a tantas outras. E fiquei a meditar no facto de que em Setecentos os padres tinham escravos. Quantos contemporâneos são sabedores desta realidade olvidada pelo progresso ? Dá que pensar... Só com o Marquês de Pombal, esse anti-clerical, a escravatura foi abolida em Portugal continental e nas colónias da Índia. Interessante, não é ?

Anónimo disse...

Post-scriptum, por escrupúlo de católico : não seriam todos os padres... Mas alguns tinham escravos. O facto deixou-me pensativo... Partilho o espanto. Que espero seja acolhido com reflexão, serenidade, sabedoria...

Anónimo disse...

Post-scriptum 2, por escrúpulo ortográfico : o acento "saltou" do primeiro para o segundo "u".

Anónimo disse...

É pena que a mensagem a favor dos mais desfavorecidos seja só "para Inglês ver"...
Onde está agora a comunicação social? Não há entrevistas ao senhor bispo?

Anónimo disse...

Bem, acho piada a estas garras afiadas. Então cá vai: o bispo a quem estes cotoveleiros se referem decidiu e bem que o fundo vá para a casa sacerdotal. Porquê? tem sido vergonhoso a situação em que alguns sacerdotes acabam os seus dias e muitas vezes os familiares só lhes querem os bens, quanto ao resto... tratados como lixo. D. José vai alterar esta situação rapidamente. Onde está a comunicação social? Vê-se que quem fala não vive na região interior. Rádios, jornais, net são marca do bispado. Aliás quem for ao facebook notará que tem estado muito presente e naturalmente sem o tempo que tinha no início do bispado e ainda bem... tem mais que fazer (visitas, reuniões, acolhimento, celebrações, visitas ás comunidades). Conheço bem os bipos a nível nacional. Do que tenho visto no último ano, só o Clemente e D. Cordeiro se "safam". O resto podiam estar bem caldos, só disparates. Ah! Esqueci-me: não tenham muitas ilusões. Enquanto estiver a viver em Bragança é natural que entrevistas acabem. Desculpem o desabafo: os nordestinos são tratados como portugueses de segunda. Exemplos: só em 2011 teve 1 km de auto - estrada. Mas agora têm de pagar como os outros... Estádios de futebol grandiosos pelo estado - nem vê-los. Deixem-se de tretas no que respeita aos media. Querem comparar o mono do Policarpo que tem à sua disposição cerca de 4 milhões de habitantes para um que tem 130 mil pessoas. Vão dar uma voltita.

HD disse...

È justo que a Igreja venha a pagar IMI….deve dar o exemplo , não beneficiando de benesses genericas relativamente a impostos.
Faz sentido a disposição em Itália de os lugares de culto serem isentos, mas creio que cá em Portugal deveria abranger todos os edifícios, que comprovadamente são uma IPSS ou estão adjudicados a Organizações de Utilidade Pública. Prestam um serviço vital á comunidade e não visam o lucro.
O que é mero Património, não faz sentido nenhum, a isenção do IMI.
Existem algumas Dioceses com imenso património doado…
Algum dele em péssimas condições de manutenção … por vezes por falta de dinheiro, mas também por incúria e falta de visão. Quanto dele permanece fechado, sem ser rentabilizado culturalmente.
Ou a Igreja lhe dá um fim concreto, ou então é melhor desfazer-se dele, obtendo recursos financeiros para manter muitas igrejas e capelas, que estão a cair aos bocados…
Por outro lado, existem estruturas de ensino ligadas á Igreja, que estão isentas de IMI e pelos preços que levam, não andam lá propriamente filhos de operários…como tal se visam o lucro devem pagar IMI como outro qualquer….
È uma questão complexa de gerir para a Igreja, mas não havendo impossíveis, há caminho a percorrer a bem da transparência e equidade.
HDias

Anónimo disse...

Excerto da Mensagem para a Quaresma, do bispo de Bragança-Miranda, publicada no jornal diocesano:
“Para esta Quaresma propomos que a Renúncia quaresmal se destine ao Instituto Diocesano do Clero em ordem à formação permanente dos Presbíteros e Diáconos e à reconstrução da parte central do edifício do Seminário Diocesano de S. José para a Casa Sacerdotal e centro diocesano pastoral. Para realizar a tão urgente formação dos fiéis Leigos é absolutamente necessária a formação permanente do Presbitério.”
Numa diocese envelhecida e empobrecida, onde muitos fiéis idosos vivem no limiar da pobreza, em tempo de crise cada um escolhe as prioridades em maior crise...
O senhor bispo já disse, em algumas entrevistas que, mais do que uma crise financeira estamos perante uma crise social e de valores humanos e também uma crise de Fé.
Se o senhor bispo acha mais pertinente alimentar a Fé construindo, ou reconstruindo edifícios, pois alimente-se assim a Fé e os valores humanos.
Ele lá saberá... Não é ele o Pastor?
O "rebanho" que o siga!

Anónimo disse...

Então o resto da mensagem? Esqueceu-se de a colocar? Quem conhece D. José sabe bem que os mais desfavorecidos estão em primeiro lugar. É pura demagogia algumas intervenções aqui feitas. Desde Outubro que este bispo se tem dedicado às causas sociais. No próximo mês de março irá haver 2 dias retiro, orientados por ele aos técnicos das IPSS. Nunca isto aconteceu com os bispos anteriores. Mas parece-me que só houve aqui uma intervenção com conhecimento de causa. Quanto ao IMI, acho que a Igreja deve ser como os outros. Mas não podemos esquecer que há muitas matérias em que o Estado lhe deve e muito. Por exemplo: usurpação de bens no passado e não são poucos. Parece-me que não era má ideia colocar aqui a mensagem de D. José para a Quaresma deste ano. Porque assim fica a parecer que o senhor bispo fica a desfavorecer alguém e muito pelo contrário, creio que é um aspecto muito sensível e importantíssimo numa igreja diocesana. Fala-se tanto nos seminários, porque não apostar forte no clero. Isto é óbvio.

Anónimo disse...

“Sacerdotes tratados como lixo no fim dos seus dias. Os familiares só lhes querem os bens.”
Nada que infelizmente não aconteça a muitos e muitos idosos neste país.
Mais importante que construir a merecida Casa Sacerdotal seria educar crianças, jovens e adultos para a solidariedade, respeito, carinho e atenção aos idosos, sejam eles sacerdotes ou não.
Para isso são necessárias acções e atitudes quotidianas.
Edifícios para o efeito, palestras, aulas pedagógicas e afins, está mais que demonstrado que não resultaram.
É ver o vergonhoso abandono e maus tratos a que os nossos idosos são votados pelas suas famílias, amigos, vizinhos e sociedade em geral.
O senhor bispo também já se pronunciou sobre esse abandono.
Se ele considera que é a fazer obras de alvenaria que constrói e reconstrói mentalidades, FORÇA!
Cá estaremos para assistir…
Quem já tanto sofreu, como tem sofrido o povo Nordestino, a uma altura destas “já está malhadiço”, por isso, toca a contribuir com Renúncia quaresmal!

Anónimo disse...

Se entendermos por causas sociais cházinhos, jantarinhos e almocinhos... Pequenos almoços! Não podemos esquecer esta refeição!

Anónimo disse...

É um facto: D. José suscita sempre comentários. Há sempre os críticos e os defensores. No meio, ficam os bajuladores.
Pessoalmente também não me pareceu muito bem que o senhor bispo canalize para umas obras (espero que não faraónicas como a catedral de D. Rafael)a Renúncia quaresmal.
Teria sido de bom tom se tivesse repartido também para ajuda social.
Mas quem sou eu para dar opinião?...

Anónimo disse...

Mais uma vez tem que se referir que há aqui gente que não sabe do que fala. Terá de se deslocar ao Seminário de Bragança. Está construido em forma de U. Está todo restaurado, falta-lhe uma parte, precisamente a que vai ser para o Clero e serviços diocesanos (Movimentos e secretariados. Repito: há pessoas que estão a dar opinião e não conhecem a realidade

Anónimo disse...

Mas há algum motivo válido para a Igreja estar isenta de IMI? Os impostos quando nascem deveriam ser para todos. Vamos lá a abrir esses cordões pela igualdade. Com certeza que não fica com menos poder por pagar alguns impostos.

Anónimo disse...

23:00
Muito válido o que diz.
A questão é:
em período de crise, de pobreza escancarada e pobreza envergonhada, de números caóticos de desemprego, de falta de Esperança de empregos para jovens,de aumento vertiginoso de impostos e de tarifas na saúde, o mais pertinente é terminar as obras do seminário de S. José?
O senhor bispo não consegue esperar?
De repente o mais jovem bispo envelheceu as ideias?
Se calhar sempre foi assim...

Anónimo disse...

A Igreja se tiver que pagar o IMI, acho muito bem. Igualdade para todos. Quanto às críticas ao bispo de Bragança, conhecendo-o como o conheço, só fica uma sensação acerca dos comentários acima referidos: inveja.

Anónimo disse...

15:03
Também acho muito bem que a igreja pague o IMI. Tem toda a razão ao opinar que haja igualdade para todos.
Quanto ao senhor bispo de Bragança-Miranda, também o conheço, e não me parece que nestes comentários só transpareça a inveja.
Parece-me que começa a transparecer, isso sim, algum desencanto depois de tanta esperança depositada no novo bispo.

Anónimo disse...

Ora bem. Bispo ideal para 16.27 - defensor dos casamentos gays, abortos, ordenação mulheres, sacerdotes casados, sacerdotes homossexuais etc etc etc. Então fique desde já desencatado com D. Cordeiro. Mas este não precisa de si, o povo de Bragança fala por si não se preocupe. Ando lá todos os dias e sei bem o que se fala do jovem bispo. Resmas de categoria! Espero que esteja pela nossa diocese muito tempo, se possível até à morte. Como dizia o dono deste blogue, os pequenos e humildes como o nordeste transmontano também têm direitos.

Anónimo disse...

16:50
Ressaibiado, sim, mas tanto também não!
Quem lhe deu o direito de pensar que tenho um conceito de bispo ideal igual ao seu conceito?
Pois repito o que já escrevi, porque tal como você, também ando lá todos os dias e oiço os cidadãos anónimos, aqueles que não aparecem nas fotos dos eventos sociais:
"Parece-me que começa a transparecer, isso sim, algum desencanto depois de tanta esperança depositada no novo bispo".
Da minha parte, continuo a depositar nele a mesma esperança inicial.
Rezo para que Deus lhe dê sempre forças e sabedoria para retirar força àqueles que tanto o bajulam.
Só assim poderá fazer o imenso e árduo trabalho que tem pela frente.
Espero que se mantenha entre nós por muitos anos e que faça um trabalho exemplar.

Anónimo disse...

O desencanto só se apodera dum bispo certamente quando deixa de estar apaixonado por Jesus. Deve conhecer mal o bispo certamente... D.José é um apaixonado pelo evangelho.

Anónimo disse...

Ao anónimo das 16:50.
O seu comentário é surpreendente para um cristão (suponho que assim se considere).
Quem lê só pode ficar chocado com a sua falta de caridade para com os seus irmãos.
Não sou a favor do aborto, porque sou a favor da vida, mas nada tenho contra as mulheres, contra orientações sexuais nem contra o estado civil das pessoas.
Ordenação de mulheres, e porque não?
Se as mulheres um dia pararem um bocadinho os seus muitos afazeres a favor dos homens, e pensarem no quanto a igreja católica as discrimina, deixam de lá ir!
Não substime as mulheres!
São mais inteligentes que você!
Só pessoas inteligentes são benevolentes.
Quer mais benevolência que a das mulheres que, apesar de discriminadas continuam a apoiar-vos e a frequentar a "vossa" igreja?
Sacerdotes casados? E porque não? Se têm o direito de casar os outros, acho muito bem que se casem! Sacerdotes, monsenhores, cónegos, bispos, cardeais e até o Papa!
Agora critique também o meu comentário.

Nota: não sou sacerdote,não sou gay, nem sou mulher.
Sou um homem que respeita a sua mulher e ama a Deus, que criou ambos e ama a TODOS por igual.

Anónimo disse...

18:30
Não me parece que alguém tenha escrito que o bispo está desencantado.
Do que li, parece que há pessoas que estão a ficar desencantadas com o bispo.
Tanto me faz, não conheço! Vi uma ou duas reportagens. Na altura pareceu-me uma pessoa muito jovial e com ideias interessantes.
De qualquer modo ainda só está à frente da diocese desde Outubro, é pouco tempo para avaliar.
Bragançanos, não se precipitem! :)

Anónimo disse...

"Mas este não precisa de si" (16:50).
Quem disse? O próprio? Não creio!
D. José é uma pessoa séria (não sisudo nem carrancudo, como tem demonstrado), simples no trato, afável, com uma humildade muito inteligente, que sabe que todos são precisos. Até aqueles e aquelas que não estão de acordo com ele.
Ousaria dizer, principalmente essas pessoas!
D. José sabe que quem o critica o ajuda a reflectir, percebeu?

Anónimo disse...

Eh lá! Aqui fala-se mais de bispos que Cristo. Isto está mau...

Anónimo disse...

A questão levantada é acerca do pagamento de IMI por parte da igreja. E foi muito bem levantada.
Coincidiu no entanto, com a decisão dos bispos, de canalizarem a colecta da Renúncia quaresmal, para reforçar os fundos solidários, como foi divulgado pela Eclésia. Uma decisão louvável, em tempo de crise (seja ela material, de valores humanos, ou de Fé). A excepção nessa decisão do episcopado foi para o bispo de Bragança-Miranda, como já foi sobejamente debatido.
Que este bispo é um apaixonado por Jesus Cristo e pelo Evangelho, também já foi debatido, divulgado e elogiado noutros comentários deste blogue.
Acredito que os outros bispos (se não todos, quase todos) assim o são: apaixonados por Jesus Cristo e pelo Evangelho.
A questão que fica para os comentários que se desviaram do IMI é:
As obras que o senhor bispo pretende fazer são mais urgentes que o apoio social e humanitário aos mais carenciados? Os sacerdotes de Bragança estão assim tão mal com a ausência, por mais um tempo, da casa sacerdotal?
Se estão, então a decisão das tais obras está muito bem!

Anónimo disse...

"Aqui fala-se mais de bispos que Cristo. Isto está mau..."
Se calhar porque os senhores bispos se põem a jeito...

Anónimo disse...

Claro que é muito mau que os cristãos se preocupem mais com as coisas do mundo do que com o Evangelho de Cristo.
Sejam cristãos leigos, ou não.
Dá que pensar...

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