Da entrevista de António Marujo a Johann Baptist Metz
A sua proposta de uma mística da compaixão como uma mística
política não é uma contradição nos termos?
Misticismo e política? Não. Se se entender a mística
política em confronto com as diferentes formas de misticismo de olhos fechados,
não é uma contradição. Já em 1980 falei do misticismo de olhos abertos, que é
uma característica básica do misticismo bíblico. Porque todos temos
responsabilidade por outros sofrerem. Isso é também uma diferença básica em
relação ao budismo.
Não estou a afalar em política partidária, mas de uma
inspiração para o âmbito público da nossa vida. É uma motivação e inspiração
para o que chamamos política. Não podemos separar estas duas dimensões.
António Marujo, “Deus Vem a Público. Entrevistas sobre a transcendência.
I volume” (ed. Pedra Angular)
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