O Papa disse ontem à noite, na Missa do Galo, que “devemos depor as nossas
falsas certezas, a nossa soberba intelectual, que nos impede de perceber a
proximidade de Deus”, “o Deus que se esconde na humildade dum menino acabado de
nascer”. E concluiu: “Celebremos assim a liturgia desta Noite santa,
renunciando a fixarmo-nos no que é material, mensurável e palpável” (ler aqui).
Compreende-se o que o Papa quer dizer, até porque a sua
homilia tinha começado com uma referência ao Natal enquanto “uma festa dos
negócios”. Mas eu diria que celebrando o Natal a “proximidade de Deus”, devíamos
precisamente realçar a materialidade, mensurabilidade e palpabilidade de Deus.
Bem sei que estas palavras podem arrepiar quando aplicadas a Deus. Mas a Encarnação o que é senão Deus tornado “material, mensurável e palpável”?
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