quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Jesus e os protestantes, não esses, os que protestam mesmo



A “Time” escolheu como pessoa do ano (“person of the year”) o manifestante: da Primavera Árabe a Atenas, do Occupy Wall Sreet a Moscovo. Ler mais aqui.

 Isto é pretexto para retomar uma peça do “i”, no dia 8 de Dezembro. O arcebispo de Cantuária dizia que Jesus estaria ao lado ou no meio dos do movimento Occupy. D. Januário Torgal Ferreira concordou. D. Manuel Clemente não conhecia as declarações, mas tendia a não concordar.


Ontem vi uma reportagem no “Daily Show” que me faz pensar que Jesus certamente estaria solidário com os manifestantes, mas provavelmente não quereria ter algo a ver com o Occupy, pelo menos no caso concreto. Passava-se em Nova Iorque. O melhor é ver a reportagem. Reparem na divisão de classes. Nas reuniões no hall do Deutsche Bank. Na distinção entre “propriedade privada” e “propriedade pessoal”. Abolição da propriedade privada (dos outros), sim; da propriedade pessoal (a minha), não. Por isso já dizia Leão XIII que a propriedade privada não podia ser abolida porque mesmo quem estava contra o capital, no fundo queria, com toda a legitimidade, ter a sua própria propriedadezinha privada.

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