quinta-feira, 20 de outubro de 2011

"O último segredo" de José Rodrigues dos Santos



Vai ser lançado no sábado, 22, o romance “O último segredo”, de José Rodrigues dos Santos. A apresentação acontece às 17h na Sociedade de Geografia de Lisboa, ao pé do Coliseu dos Recreios. A apresentação está a cargo do padre e professor Anselmo Borges.

Mais um best-seller, segundo a fórmula típica. Isto não é qualquer crítica. Quem me dera manobrar o género. Um mistério, um segredo, o último, que o penúltimo nunca tem tanto interesse, uma biblioteca, um crime à mistura, religião e pseudo-religião. Devem ser estes os ingredientes da intriga protagonizada por Tomás Noronha.

Se fosse o último segredo de Portugal, qual seria? O fim de independência? A descoberta do tesouro dos Templários, que alguns dizem estar em Portugal? (Ou terá sido torrado nos barcos que levavam a Cruz de Cristo?) Actualizações dos segredos de Fátima?

A capa do livro mete uma biblioteca. Não parece ser a Joanina de Coimbra. Será a de Mafra, que não conheço? Ou o Arquivo Secreto do Vaticano?

E se o segredo for mundial e não nacional? Será mais provável, para a difusão internacional do romance. Qual poderá ser o último segredo? Um novo antipapa? O fim do catolicismo fundido numa união das confissões cristãs? A descoberta do Graal? Um quinto evangelho? A segunda vinda de Cristo?


Na realidade, o romance fala da clonagem de Cristo, pelo menos tendo em conta esta imagem da Feira de Frankfurt, que decorre dentro de dias. O tema não é novo. Há anos saiu um romance precisamente com esse assunto. Pegava-se numa das células do sangue que deve estar no Sudário e clonava-se Jesus Cristo. Eu não li o livro, mas membro-me da capa. Fui procurá-lo na net, porque não o tenho, e dei com dois. Só tinha ideia do primeiro.


3 comentários:

Anónimo disse...

É pena ver o nome de Anselmo Borges associado com um livro deste calibre, certamente segue o filão da receita descoberta pelo Dan Brown, que tanta mentira trouxe para o meio de muitas controvérsias e conversas que deveriam de ser mantidas a um outro nível de conhecimentos e honestidade intelectual. O professor Borges não deveria legitimar este livro e os seus conteúdos, só se deixa ficar mal a si próprio. Depois dos recentes Coloquios sobre Jesus Cristo, este não seria o caminho mais certo, a não ser que esteja à procura das luzes da ribalta ao se colocar ao lado do jornalista/novelista, que pela sua parte de certeza que fez um trabalho de pesquisa excelente para escrever o livro e este realmente, no meio do enredo romanceiro, terá verdades e segredos que todos queremos conhecer e aprender.

Anónimo disse...

Uma paleógrafa é brutalmente assassinada na Biblioteca Vaticana quando consultava um dos mais antigos manuscritos da Bíblia, o Codex Vaticanus. A polícia italiana convoca o célebre historiador e criptanalista português, Tomás Noronha, e mostra-lhe uma estranha mensagem deixada pelo assassino ao lado do cadáver.

A inspectora encarregada do caso é Valentina Ferro, uma beldade italiana que convence Tomás a ajuda-la no inquérito. Mas a sucessão de homicídios semelhantes noutros pontos do globo leva os dois investigadores a suspeitarem de que as vítimas estariam envolvidas em algo que as transcendia.

Na busca da solução para os crimes, Tomás e Valentina põem-se no trilho dos enigmas da Bíblia, uma demanda que os conduzirá à Terra Santa e os colocará diante do último segredo do Novo Testamento. A verdadeira identidade de Cristo.

Baseando-se em informações históricas genuínas, José Rodrigues dos Santos confirma-se nesta obra excepcional como o grande mestre do mistério. Mais do que um notável romance, O Último Segredo desvenda-nos a chave do mais desconcertante enigma das Escrituras.

O Último Segredo

«A inspectora esboçou um esgar inquisitivo.
“Erros? Que erros?”
O historiados susteve-lhe o olhar.
“Não sabia? A Bíblia contém muitos erros.”
“O quê?”
Tomás girou a cabeça em redor, procurando certificar-se de que ninguém o escutava. No fim de contas encontrava-se em pleno Vaticano e não queria desencadear nenhum incidente. Viu dois sacerdotes junto à porta que conduzia à Leonina, um deles devia ser o prefetto da biblioteca, mas concluiu que a distância era suficientemente grande e não corria o risco de ser escutado.
Inclinou-se, mesmo assim, para a sua interlocutora e numa postura de conspirador preparou-se para partilhar com ela um segredo com quase dois milénios.
“São milhares de erros a infectar a Bíblia”, murmurou. “Incluindo fraudes.”»

Anónimo disse...

Estou plenamente de acordo com o anónimo 1. O Anselmo Borges é um autor que é muito bom, aliás, D.Cordeiro é um apreciador deste teólogo, o que me levou a começar a ler algumas coisas dele. Mas não me parece que seja uma boa ideia associar-se a este Dos Santos, que de Santo nada tem. Perguntem à Fátima Campos Ferreira e seus companheiros. É só poder e vedetismo. No que respeita ao livro é claramente mais um Da Vinci e uns milhares no banco para o Zezito.

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