sexta-feira, 16 de setembro de 2011

17 de Setembro de 1179. Morre Hildegarda de Bingen

Hildegarda de Bingen, uma das mulheres mais influentes da Idade Média, nasceu no dia 16 de Setembro de 1098 e morreu no dia 17 de Setembro de 1179. Algumas fontes dizem apenas que nasceu no Verão de 1098.


Foi monja beneditina. E como monja, escreveu teologia e sermões, compôs música, foi médica. Uma grande intelectual. Morreu perto do Reno, no Mosteiro de Rupertsberg, em Bingen, numa região que é Património da Humanidade.


Sobre ela escreveu Bento XVI há um ano:

Hildegarda manifesta uma variedade de interesses e o dinamismo cultural dos monastérios femininos da Idade Média, diferentemente dos preconceitos que ainda hoje existem sobre essa época. Hildegarda dedicou-se à medicina e às ciências naturais, assim como à música, pois tinha talento artístico. Compôs também hinos, antífonas e cantos, recolhidos com o título Symphonia Harmoniae Caelestium Revelationum (Sinfonia da Harmonia das Revelações Celestes), que eram gozosamente interpretados nos mosteiros, difundindo uma atmosfera de serenidade, e que chegaram até nós. Para ela, toda a criação é uma sinfonia do Espírito Santo, que é em si mesmo alegria e júbilo. 
A popularidade que rodeava Hildegarda levava muitas pessoas a fazer-lhe consultas. Por este motivo, dispomos de muitas de suas cartas. A ela se dirigiam comunidades monásticas de homens e mulheres, bispos e abades. Muitas das respostas continuam sendo válidas para nós. Por exemplo, a uma comunidade religiosa feminina, Hildegarda escreveu: "A vida espiritual deve ser atendida com muita dedicação. No início, o cansaço é amargo, dado que exige a renúncia aos caprichos, ao prazer da carne e a coisas semelhantes. Mas, quando a alma se deixa fascinar pela santidade, experimentará como algo doce e agradável o próprio desprezo do mundo. Só é necessário prestar atenção inteligentemente a que a alma não murche" (E. Gronau,Hildegard. Vita di una donna profetica alle origini dell'età moderna, Milão, 1996, p. 402). 
E quando o imperador Federico Barbarroja provocou um cisma eclesial, opondo 3 antipapas ao Papa legítimo, Alexandre III, Hildegarda, inspirada em suas visões, não hesitou em recordar-lhe que também ele, o imperador, estava submetido ao juízo de Deus. Com a audácia que caracteriza todo profeta, escreveu ao imperador estas palavras da parte de Deus: "Atento, atento a esta malvada conduta dos ímpios que me desprezam! Escuta, rei, se queres viver! Do contrário, minha espada te transpassará!" (ibidem, p. 412). Ler tudo aqui.

Sem comentários:

Há um sínodo?

O sínodo que está a decorrer em Roma é de uma probreza que nem franciscana é. Ou há lá coisas muito interessantes que não saem para fora ou ...