Há dias comecei a ler as crónicas de António Alçada Baptista, em “O Tempo nas Palavras” (foram publicadas em primeiro lugar em “A Capital” nos anos 1972-73), à procura de uma história que eu pensava vir nas páginas iniciais. Dei com ela nas páginas 116-117. Não foi tempo perdido. Pelo contrário. O tempo passou pouco pelas palavras de AAB. As crónicas lêem-se como se tivessem sido escritas esta semana. Pensava que a história era de AAB, mas não. Aqui fica em quarta mão.
O Raul Solnado contou-me noutro dia uma história que colhera de Millor:
«Um caixa dum banco estava na sua faina de pagar cheques e pôr carimbos e contava a uma cliente um passeio que dera à montanha.
- A certa altura não pude dominar o carro e caímos por um precipício de trezentos metros!
- Trezentos metros! Como é que o senhor ficou com vida?
- Vida? Ó minha senhora, com franqueza, a senhora acha que isto é vida?»
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