Só hoje li a crónica de João César das Neves da segunda-feira passada. Começa assim:
O Papa anda de novo nas notícias. Foi insultado em Barcelona e falou do preservativo num livro (“Luz do Mundo”, Lucerna 2010). Parece que a sociedade não entende mesmo a Igreja. Olha que novidade! Nunca entendeu. Podemos até caracterizar cada geração pelos motivos da sua crítica anticatólica.
O tema hoje é... sexo. O que traz à discussão elementos curiosos e efeitos profundos. O debate do preservativo mostra-o bem. Imagine um jornalista perguntar ao médico: "Devo fumar cigarros com filtro?" A resposta natural é que não deve fumar. Então o jornal publica a manchete: "Medicina é contra o filtro." O mal é o tabaco, mas os médicos também acham que uma vida saudável não precisa de filtros para respirar. Então um jornalista mais insistente consegue que o médico diga: "Se faz o erro enorme de fumar, então use filtro", e o jornal publica a novidade: "Medicina muda de posição sobre o filtro." Foi uma tolice deste calibre que se verificou agora.
A comparação está engraçada e é um exemplo interessante para as aulas de jornalismo. Mas é ligeiramente coxa, como a maior parte das comparações. Fumar é intrinsecamente maléfico. E não estou a ver nenhuma situação em que seja bom fumar. É muito diferente com a sexualidade. Ler o resto aqui.
1 comentário:
Concordando ou discordando,
sobre os conteúdos dos seus textos,
gosto de os ler. Pode crer!
Aprecio as suas observações
e agradam-me as suas propostas de leituras.
Anoto o seu sentido de humor
e a perspicácia nos detalhes.
O seu blog é um bom espaço de encontro.
Obrigado!
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