O teólogo José Ignacio González Faus contou à revista espanhola “21” como sonha que deveria ser a viagem do Papa a Barcelona.
O Papa viajou em um avião de passageiros da Alitalia em classe turismo, não business. Não ia como chefe de Estado, nem havia jornalistas no avião. Ao aterrissar, se supusermos que foi no aeroporto de Prat, o arcebispo de Barcelona o recebeu, naturalmente. Dali, em um carro normal, nem blindado nem papamóvel, se transladou... para a La Mina. Conversou com ciganos e imigrantes, romenos ou marroquinos, ouviu suas queixas e suas piadas. E lhes disse o mesmo que, quase 50 anos antes, Paulo VI havia dito aos campesinos da Colômbia: "Vós sois Cristo para mim". Dali foi transladado para a prisão Modelo ou para a prisão de Can Brians, onde teve outra conversa parecida com os presos que quiseram ouvi-lo.
Reuniu-se com um grupo de católicos da diocese, dentre os quais havia um contingente de clérigos ou párocos, outros de religiosos de ambos sexos, outro de leigos e um quarto grupo de mulheres seculares. Não havia entre eles nenhum político ou, em todos os casos, um número bem reduzido. O Papa lhes disse: vim para ouvi-los, porque ouvir-me é algo que vocês podem fazer pelo rádio ou pela televisão, enquanto eu não posso ouvi-los.
O resto, que não é muito mais na versão do IHU, pode ser lido aqui.
1 comentário:
Seria muito giro, o Papa ia num carrito normal e apanhava um balázio... Caro Papa continua assim pois o povo de Barcelona mostrou a sua classe, categoria e até "tolerância" quando apareceram nas câmaras de televisão uns tipos a beijarem-se como se o mundo não soubesse o que isso é. Realmente este teólogo é muita catita.
Estou a imaginá-lo a ele a dispensar os jornalistas. deve ser muito esperto...
Enviar um comentário