Na entrevista que o cardeal Ravasi deu ao “La Reppublica” (aqui) disse que esperava que o Vaticano estivesse representado na bienal de Veneza de 2013 e referiu dois artistas: Bill Viola e Anish Kapoor. Não conhecia este último, de maneira que invoquei São Google.
Claro que, para quem andar minimamente atento à arte contemporânea, as imagens das obras do indiano-britânico Anish Kapoor não serão completamente estranhas. Um artista é bom quando reconhecemos a obra mesmo sem sabermos nada do seu autor. É o caso.
Kapoor e Viola, suponho que entre outros, vão representar os primeiros onze capítulos do Génesis no stand do Vaticano em Veneza. Já anseio ver como serão essas representações. A Wikipedia diz que nos trabalhos de Kapoor estão os binómios terra-céu, material-espírito, luz-escuridão, vísivel-invísivel, masculino-feminino e corpo-mente.
À BBC Anish Kapoor disse: “Tal como não se consegues fazer algo belo, não consegues fazer algo espiritual. O que podes é reconhecer que pode estar lá. Normalmente tem algo a ver com o não ter muito para dizer. Parece haver espaço para o que vê, e é isso, por vezes, algo que identificamos como sendo espiritual. Tem tudo a ver com o espaço”.
“Fazer um trabalho tem a ver com ansiar por ir aonde eu não sei e esperar que indo aonde não sei, tu, o espectador, possas ir aonde também não sabes”.
Olhando para as obras de Anish Kapoor, aqui, parece-me que ele tem razão quanto à arte e ao seu próprio trabalho.
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