O "Corriere della Sera" (reflectido aqui) diz que “Senza Dio” não é um livro de ateísmo baixo ou vulgar, “daquele género que crê libertar-se do problema com fórmulas ou frases”, mas que procura um caminho, uma opção de vida, a de não ter nenhuma autoridade acima de si. Outro aspecto do ateísmo aqui afirmado consiste não em se livrar de Deus, mas daqueles que falam frequentemente muito à toa em seu nome, e que dão força aos argumentos do ateísmo vulgar.
O autor considera-se um “ateu protestante”. No entanto, não quer demonstrar a ausência do Ser Absoluto, mas antes definir uma existência sem ele, mas com arte, ciência, liberdade. Um ateísmo não dogmático que serve também para crentes cansados de fundamentalismos.
O cardeal Martini, no mesmo “Corriere della Sera”, escreve que não compartilha de todos os pontos de vista do autor (o cardeal havia-o convidado para a cátedra dos não-crentes quando era arcebispo de Milão) mas que o livro pode ser útil para entender a mentalidade de um ateu. Diz ainda que é uma escrita emotiva, alicerçada em exemplos da história. E a história da Igreja tem tantos. Maus (que o autor aponta, desta e doutras religiões) e bons (que deveriam ser considerados). Critica, também, que a recusa de Deus se faça em nome do mal do mundo.
Sem comentários:
Enviar um comentário