sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Livro italiano para fazer bom uso do ateísmo

Saiu na quinta-feira, em Itália o livro “Senza Dio. Del buon uso dell’ateismo” (“Sem Deus. Sobre o bom uso do ateísmo”), de Giulio Giorello, que parece uma obra saudavelmente provocadora, ralvez ao estilo de “Being good without God”, de Greg Esptein, mas mais continental, ou seja, com mais História e Filosofia.

O "Corriere della Sera" (reflectido aqui) diz que “Senza Dio” não é um livro de ateísmo baixo ou vulgar, “daquele género que crê libertar-se do problema com fórmulas ou frases”, mas que procura um caminho, uma opção de vida, a de não ter nenhuma autoridade acima de si. Outro aspecto do ateísmo aqui afirmado consiste não em se livrar de Deus, mas daqueles que falam frequentemente muito à toa em seu nome, e que dão força aos argumentos do ateísmo vulgar.

O autor considera-se um “ateu protestante”. No entanto, não quer demonstrar a ausência do Ser Absoluto, mas antes definir uma existência sem ele, mas com arte, ciência, liberdade. Um ateísmo não dogmático que serve também para crentes cansados de fundamentalismos.

O cardeal Martini, no mesmo “Corriere della Sera”, escreve que não compartilha de todos os pontos de vista do autor (o cardeal havia-o convidado para a cátedra dos não-crentes quando era arcebispo de Milão) mas que o livro pode ser útil para entender a mentalidade de um ateu. Diz ainda que é uma escrita emotiva, alicerçada em exemplos da história. E a história da Igreja tem tantos. Maus (que o autor aponta, desta e doutras religiões) e bons (que deveriam ser considerados). Critica, também, que a recusa de Deus se faça em nome do mal do mundo.

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