Na “Notícias Magazine” de hoje (26 de Setembro de 2010), Fernanda Câncio, que não tem Deus, porque “não é grande nem sequer é grande coisa”, revela que tem um profeta: Christopher Hitchens. Encontrou em Hitchens os argumentos que se alinhavam na cabeça dela. O colunista inglês deve tê-los copiado da mente da jornalista portuguesa por telepatia.
Embora por razões opostas, ambos (eu e ela) gostamos de ler Hitchens. Eu para me confrontar com quem pensa diferente e, de alguma forma, interroga a fé que partilho com outros (referi-me a isso aqui). Ela para se sentir legitimada e, como dá a entender no primeiro parágrafo, para cultivar o inglês, um inglês muito melhor do que o mau inglês internacional que está acostumada a tolerar.
Em relação à doença, Hitchens parece ser um pouco mais razoável do que Câncio, que se lembrou de citar alguém que lhe deseja sofrimento. Viu na Internet. Vê-se lá de tudo. Na realidade, também vi que perguntaram a Hitchens e ele foi bem mais afável. “Sente-se insultado quando as pessoas dizem que rezam por si?” Hitchens: “Não, não, aceito-o desde que o façam para a minha recuperação. Mesmo que isso não mude nada” (ver aqui).
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