terça-feira, 24 de agosto de 2010

Ainda Jorge Luis Borges, no dia dos seus 111 anos

Dizia ele, referindo-se ao pai, Guillermo: “O pai sempre com as suas piadas contra a fé. Na noite passada disse que Jesus era como os Gaúchos, que não querem comprometer-se, e que por isso pregava em parábolas” (conto “O outro”, terceiro volume das Obras Completas, na Teorema, página 11).

Circula na Internet o poema “Instantes”, atribuído a Jorge Luis Borges. Cito excertos, na versão que António Alçada Baptista apresenta nas suas memórias (“Pesca à linha…”):

“Se eu pudesse viver novamente a minha vida
Na próxima trataria de cometer mais erros
Não tentaria ser perfeito, relaxaria mais.
Seria mais tolo ainda do que tenho sido.
(…)
Iria a lugares onde nunca fui,
Comeria mais sorvetes
E menos favas,
Teria mais problemas reais e menos imaginários.
(…)
Se pudesse voltar a viver
Começaria a andar descalço no princípio
Da Primavera
E continuaria descalço até ao fim do Outono.
(…)

Na realidade, este poema não é de Jorge Luis Borges, que nunca utilizaria a palavra favas, mas de Nadine Stair (aqui), conforme li numa entrevista de 2006 a María Esther Vázquez, colaboradora de Borges (aqui).

Conferência de Borges em 1977 sobre a cegueira e as cores, as memórias e a sorte que teve em ler numa só noite artigos de enciclopédia sobre Dreyser, dos druidas e dos drusos.

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