No dia 21 de Julho de 1954, é publicado em Inglaterra “A Irmandade do Anel”, primeiro volume da trilogia “O Senhor dos Anéis”, de J.R.R. Tolkien. Seguir-se-ia “As Duas Torres”, no dia 11 de Novembro seguinte, e “O Regresso do Rei”, no dia 20 de Outubro de 1955.
Tolkien era católico (não gostou muito das mudanças do Vaticano II, ver aqui) e é sabido que a trilogia, inspirando-se em motivos não-cristãos, bebe muito do cristianismo (ver aqui).
Quando os livros foram publicados (o terceiro estava para ter como título “A Guerra do Rei”, mas os editores sugeriram o outro título), alguns críticos viram na trilogia alusões à II Guerra Mundial, coisa que o autor rejeitou, até porque a génese da obra já vinha de “O Hobbit”, livro publicado em 1937, antes do conflito.
Numa carta ao padre jesuíta Robert Murray, em 1953, Tolkien afirmou: “«O Senhor dos Anéis» é, claro, uma obra fundamentalmente religiosa e católica; inconscientemente no princípio, mas conscientemente na revisão (…) É por isso que não introduzi, ou cortei praticamente todas as referências a coisas como religião, cultos ou práticas, no mundo imaginário. Mas o elemento religioso é absorvido pela história e pelo simbolismo” (li aqui).
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