"Bíblia" ("Ateísmo", aqui) é outra das palavras para um minidicionário saramaguiano, segundo António Guerreiro. Há que dizer que o crítico do "Expresso" tem razão alguma. A "Igreja (....) nunca promoveu a leitura direta dos textos sagrados". "Nunca" é muito tempo. "Quase nunca" seria mais correcto. Hoje, há imensos grupos bíblicos, há imensos esforços que promovem a leitura da Bíblia. António Guerreiro não terá a obrigação de conhecer o dia-a-dia de uma paróquia, de um movimento de cristãos, de um grupo. Mas é isso que acontece numa imensidão deles.
O "ateu Saramago" pareceu "fascinado pelo texto bíblico". A mesma opinião tem o padre, poeta e teólogo Tolentino Mendonça. Não sei se ao interesse de Saramago chamaria fascínio. Fascínio, penso eu, é uma atracção amante, atracção do objecto sobre quem gosta dele. Saramago não gostava da Bíblia, ainda que a lesse com uma óptica muito própria.
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