Contou Pedro Lamet, jesuíta biógrafo do superior-geral dos jesuítas Pedro Arrupe (1907-1991), que, quando este pregava no Japão, julgo que em Hiroshima, todos os dias assistia às pregações um homem de idade avançada. Estava sempre muito atento, mas nunca falava. Vem-se depois a saber que era surdo. E perguntam-lhe (não sei os pormenores, nem se era mudo), por isso, por que é que assistia às pregações, se não conseguia perceber o que pregador dizia (provavelmente não sabia ler nos lábios; e mesmo que soubesse, o japonês do basco não seria dos mais fáceis). O velho respondeu: “Não sei o que ele diz. Nem sei no que ele acredita. Mas vejo que ele acredita”.
Outra história, esta contada pelo Rabi Levi Yitshaq de Berditchev.
- O que é que tu aprendeste com o rabi Schmelke?
- Aprendi que Deus existe.
- O quê? Mas isso toda a gente sabe!
- É verdade, mas será que toda a gente o soube aprender?
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