Bento XVI e Gary Krupp (à direita)
As coisas não correm nada bem a Bento XVI, que tem a simpatia de alguns intelectuais, mas, ao que tudo indica, uma “má imprensa”. Pense-se em Ratisbona e a polémica com os muçulmanos, no desejo de beatificar Pio XII, na questão do preservativo durante a viagem para África, e agora no escândalo da pedofilia, que, infelizmente, não é apenas uma questão de “má imprensa”, embora também a haja pelo meio.
Mas este fim-de-semana, o “Diário de Notícias” revelou uma boa nova para Bento XVI, que não é assim tão nova, porque há muito circula na Internet, pelo menos. Refiro-me à Pave The Way Foundation, de Gary Krupp, que tem juntado elementos em favor de Pio XII na questão da protecção aos judeus. O DN dá como título à peça “O Judeu que defende «O Papa de Hitler»”, numa alusão ao livro de John Cornwell, na Terramar.
O que afirma o Gary Krupp? Isto: Pacelli "foi o maior herói da II Guerra Mundial. Salvou mais judeus do que Roosevelt, Churchill e os outros líderes religiosos em conjunto. Não devíamos permitir que ele se tornasse um foco de divisão entre católicos e judeus".
E o rabi e historiador David G. Dilan acrescenta o Papa salvou "quase 85% dos judeus" que viviam em Itália. "Muitos judeus famosos - Albert Einstein, Golda Meir, Moshe Sharett [2.º chefe do Governo de Israel], Isaac Herzog [principal rabi dos judeus asquenazes entre 1937 e 1959] e outros expressaram publicamente a gratidão a Pio XII", acrescenta.
Krupp diz que Pio XII está a ser alvo de um “assassínio de carácter”. E o DN (artigo de Abel Coelho de Morais) sintetiza: “O essencial para Krupp não são os temas teológicos ou a santidade de Pio XII, mas a verdade dos factos. Para este empresário reformado de equipamentos médicos, é importante a divulgação dos arquivos secretos do Vaticano, mas defende que «existe informação disponível e ninguém parece interessado em consultá-la»”.
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