Guy Consolmagno (em “A Mecânica de Deus”, Publicações Europa-América) usa o iPod para explicar a Santíssima Trindade. “Explicar” com todas as reticências quando se trata da Santíssima Trindade, obviamente. O iPod provocou uma revolução no modo como ouvimos música e a Trindade fez o mesmo em relação ao modo como entendemos Deus.
Com explicações ligeiramente técnicas pelo meio (o iPod é obra de Steve Jobs e principalmente de Tony Fadell, diz), escreve a certa altura, página 198: “O Pai representa o Deus criativo, a ideia; O Filho representa a encarnação dessa ideia no mundo físico; e o Espírito Santo representa a forma como essa ideia vive em cada um de nós que tenha sido tocado pela mesma”.
E porquê falar aqui do iPod no dia de hoje? Mera coincidência, com certeza. A leitura fortuita levou-me até à página 198 (já tinha lido partes antes e partes a seguir). Só depois reparei que hoje, primeiro dia da Quaresma, os jesuítas, como Consolmagno, lançaram em Portugal o sítio das orações para rezar em qualquer lado, aqui.
(Dizem que é para rezar enquanto se anda de bicicleta, de metro, no meio de um desporto. Rezar enquanto se faz outra coisa. E se for: fazer outra coisa enquanto se reza? Também pode ser? É "pray as you go". Pode ser "go as you pray"?)
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