quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

17 de Fevereiro de 1600. Morre Giordano Bruno, na fogueira

Giordano Bruno (Nola, 1540 – Roma, 1600) foi condenado à morte na fogueira pela Inquisição Romana. A execução da pena deu-se no dia 17 de Fevereiro de 1600 no Campo dei Fiori, em Roma. O local está assinalado por uma estátua de Giordano Bruno (na imagem), mandada erigir pelos maçons italianos (hoje é dia de maçons, esotéricos e panteístas se juntarem à volta da estátua).

Frade dominicano até 1576 (num convento perto de Nápoles, onde Tomás de Aquino ensinara), Giordano Bruno andou pela Europa (Paris, Londres, Praga, Frankfurt...) até ser preso e condenado pelas suas ideias heréticas, após oito anos de prisão, embora os termos da condenação não sejam precisos. Os registos desapareceram. Não foi, no entanto, por causa do heliocentrismo. Talvez se pense isso por contágio do caso Galilieu. Aliás, Galileu e Kepler, nos seus escritos, não são nada simpáticos para com Bruno, tal como um protestante, que afirmou: “Um homem de grande capacidade, com infinitos conhecimentos, mas sem ponta de religião”.

O que estará na origem da condenação terá sido o sistema panteísta de Bruno, em que Deus se confunde com o universo – por isso há quem veja em Bruno um antecessor de Espinoza e Hegel. Giordano Bruno defendia também um universo infinito e infinitos mundos habitados, além da transmigração das almas. Hoje continua a ser apreciado nos círculos esotéricos. Os seus escritos, em latim, estão aqui.

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