segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Mini-selecção de textos de Manuel Antunes

P.e Manuel Antunes, s.j.

“Alguns prefeririam mesmo dizer despartidarizar. Não vamos tão longe. Em democracia, os partidos são necessários, porque exercem múltiplas funções, de outro modo dificilmente substituíveis. (...) Não é de estranhar que o público, em escala pouco recomendável, comece a descrer deles, a apontá-los como fautores dos nossos males, a descrevê-los como portadores, não da democracia, mas da mediocracia, a senti-los divorciados dos problemas reais daqueles que confiadamente elegeram (...), a olhar as suas estruturas como vias de carreirismo e oportunismo, subtil ou simplório. Daí a pensar que a sua existência é não só inútil mas prejudicial, a distância não é grande”.

in “Repensar Portugal”


“Começar por modificar os homens ou alterar as estruturas? Pergunta vã, muito semelhante à da prioridade do ovo ou da galinha. Em vez da disjuntiva, a conjuntiva. Homens e estruturas devem ir transformando-se numa interacção recíproca, persistente e lúcida, num processo que jamais vê o seu termo”.

Manuel Antunes citado por Eduardo Prado Coelho


“Uma educação ou é total ou simplesmente não é. Uma educação ou tem em conta todas as aspirações do homem ou não passa de um logro”.

in “Educação e Sociedade”


“Que se pretende fazer do homem? É a esta pergunta que se propõe responder a filosofia da educação.(...) O homem tem necessidade de valores em que possa acreditar, de modelos que possa seguir. Quando esses valores e esses modelos faltam ou diminuem na sua incentividade, é o caos moral, a anarquia, a desorientação”.

in “Educação e Sociedade”

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