No DN de hoje, o padre e professor de Filosofia Anselmo Borges escreve sobre o “mistério do tempo”.
“Se soubéssemos o que é tempo, também saberíamos o que somos. Santo Agostinho – volta-se sempre a Santo Agostinho quando pretendemos meditar sobre o tempo – pergunta: O que é o tempo? Se ninguém me perguntar, eu sei; mas, se alguém me puser a questão e eu quiser responder, já não sei”.
“(…) O tempo não é circular, cíclico, nem pode entender-se de modo exclusivamente linear, pois é linear e entrecruzado, numa rede de relações múltiplas e complexas. Cada modo do tempo tem ele próprio tríplice modo, isto é, um presente, um passado e um futuro, entrelaçando-se. O tempo e a história vivem deste entrelaçamento múltiplo, na constante abertura ao futuro.
Precisamente no quadro deste entrelaçamento, na abertura ao futuro, Deus, que é no eterno presente, é pensável como o Futuro absoluto, isto é, o Futuro de todos os passados, presentes e futuros. Deus enquanto Futuro absoluto consuma a história ao mesmo tempo que se abre ao sempre novo”.
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