terça-feira, 1 de dezembro de 2009

30 de Novembro de 1900. Morre Oscar Wilde

Estátua de Oscar Wilde na Praça Merrion, em Dublin,
perto da casa onde viveu em criança

Às 9h50 de 30 de Novembro de 1900, Oscar Wilde morreu em Paris. De meningite. Nasceu em Dublin, em 1854, e foi criado numa família protestante, mas quis morrer católico. No leito da morte, assistiu-o o padre Cuthbert Dunne, que lhe administrou o Baptismo e a Extrema Unção, como contaria Robert Ross (“Robbie”), que vivia com o escritor, numa carta de 14 de Dezembro de 1900.

Oscar Wilde foi sepultado num cemitério fora de Paris e mais tarde trasladado para o Père Lachaise. O túmulo, feito pelo escultor Jacob Epstein, está cheio de marcas de batom de beijos (bem perto fica o de Jim Morrison, dos Doors, que está cheio de pontas de cigarro, mortalhas e afins).

A conversão de Wilde é algo surpreendente, no entanto, vinha de longe o interesse pela Igreja Católica. Oscar Wilde encontrou-se com Pio IX em 1877 e dizia da Igreja Católica: “É para santos e pecadores – para pessoas respeitáveis, chega a Igreja Anglicana”. E durante a prisão (1895-1897) leu obras de Agostinho, Dante e John Henry Newman (1801-1890), o cardeal cujo processo de beatificação está em curso e de quem se diz ter sido homossexual (houve polémica em Inglaterra, há poucos meses, por causa disso).

Em Julho de 2009, o L’Osservatore Romano, abordando um estudo sobre Wilde, disse que o autor de “De profundis” e “Retrato de Dorian Gray” foi “uma das personalidades do século XIX que mais lucidamente analisaram o mundo moderno seus aspectos mais perturbantes e mais positivos”.

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