Manuel António Pina, na “Notícias Magazine” de 15 de Novembro, sobre a visibilidade do futebol na sociedade portuguesa:
“Dependesse, aliás, do governo, e o Futebol seria declarado religião oficial do Estado, ou do estádio, com os seus santos (São Mourinho, São Ronaldo, São Figo); a sua Santíssima Trindade das três equipas «melhor» classificadas; os seus milagres, como o calcanhar de Madger na final de Viena e o canto directo de Morais na finalíssima [de] Antuérpia, não explicáveis pela ciência; e os seus mártires, como Paulo Bento; haveria uma chuteira pendurada nas escolas no lugar dos crucifixos e seriam lidos versículos de A Bola antes de cada aula. Não é já conhecido o Estádio da Luz como «Catedral» e não é Pinto da Costa dito o «Papa»?”
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