sábado, 17 de outubro de 2009

"Ocean without a shore", de Bill Viola

"Ocean without a shore". Vídeos de Bill Viola, na Igreja de San Gallo, na Bienal de Veneza 2007.

Bill Viola diz que visitou a Igreja, sem qualquer ideia. Estava “vazio”. Mas às vezes estar vazio “é uma bênção dos céus”.

Os ecrãs estão sobre os altares, que são lugares relacionados com os mortos e com a vida. Lugares de encontro.

Os vídeos mostram uma espécie de regresso. Como Viola explica, as pessoas que vêm na nossa direcção, passam por uma barreira (que é de água), ficam momentaneamente desfiguradas (é espantoso o efeito), até que ganham cor e podem ser reconhecidas.

“Instituições religiosas à parte”, diz Viola, “o destino da nossa natureza é a morte. Todas as culturas têm esse sentido profundo, aquilo a que chamamos condição humana”.

A arte é sempre polissémica. Viola falou de regresso à vida. Eu só pensei em ressurreição. O oceano que não tem fim.

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