[“Língua de pau” é uma forma rígida de expressão, nomeadamente na política, através da multiplicação de estereótipos e de fórmulas congeladas, segundo uma nota do tradutor de “Pequena História da Desinformação”]
A citação prometida de Vladimir Volkoff:
O clero, sobretudo quando actualizado, também tem a sua língua de pau e, com um humor contrafeito, o historiador protestante François Bluche e o abade católico Philippe Sulmont inventaram um jogo inspirado na literatura eclesiástica progressista contemporânea. Propõem-nos 160 000 exemplos de «algarviada». 160 000? Sim. O quadro [clicar para ampliar] permite criar 160 000 fómulas que não significam grande coisa, mas imitam na perfeição o tom de uma certa falsa beatice modernista. Basta escolher um verbo na coluna A, segui-lo com um complemento tirado da coluna B, juntar um adjectivo da coluna C e acrescentar um complemento directo da coluna D. Os resultados são surpreendentes.
[De notar que um quadro semelhante, mas aplicado ao palavreado dos políticos portugueses, surge de vez em quando nas caixas de correio electrónico. É de crer que também existe em relação aos políticos de outros países.]
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