sábado, 11 de julho de 2009

Clássicos 14: “Relatos de um peregrino russo ao seu pai espiritual”

(Primeiro parágrafo:) “Eu, pela graça de Deus, sou homem e cristão; pelas acções, sou um grande pecador; por estado, sou peregrino sem lar, da mais baixa condição, vagueando de lugar em lugar. De meus bens, trago, às costas, um saco de pão seco, e, enfiada na camisa, junto ao peito, a Bíblia. Nada mais tenho!”

Relatos de um peregrino russo ao seu pai espiritual | Tradução do russo de Maria Teresa Ferreira | Paulinas, 2007, 334 páginas

Afirma Fr. José Luís de Almeida Monteiro, na apresentação da edição portuguesa que o peregrino (anónimo) “partilha com o leitor o seu desassossego pela experiência de Deus, descrevendo as suas itinerantes errâncias, pelos caminhos, pelas florestas e pelo aglomerados urbanos, sempre na procura de um aconselhamento que lhe permita alcançar a proximidade do Deus vivo”.

Não se sabe quem foi o autor destes “Relatos”, escritos na segunda metade do séc. XIX. Apontam-se várias hipóteses, sem razões categóricas para qualquer delas: o hieromártir Tikhon (1865-1925), o monge Ambrósio (1812-1891), o bem-aventurado Teófano, eremita de Atos… “O mais provável é ser um autor desconhecido, possuidor de elevados dons e gosto literários”, escreve na Introdução o Prof. Cipriano (arquimandrita do Mosteiro de S. Sérgio).

Há um sínodo?

O sínodo que está a decorrer em Roma é de uma probreza que nem franciscana é. Ou há lá coisas muito interessantes que não saem para fora ou ...