terça-feira, 7 de julho de 2009

Clássicos 13: “Ensaios Ecuménicos”, de Yves Congar

(Primeiro parágrafo:) “Hesitei em reunir e publicar estes textos, de tal modo tenho consciência de que ficaram muito aquém da realidade ecuménica que hoje vivemos. Pois, contrariamente ao que repetem os menos entusiastas, o ecumenismo avança em planos diferentes ou segundo os diversos modos da sua prática, que não tem esmorecido. Estes textos são de um teólogo. Não me envergonho deste qualificativo – exprime a minha vocação e o meu serviço. Serviço necessário: será de lamentar, isso sim, que não seja mais aplicado ao ecumenismo. Alguns destes textos datam de há dez ou mesmo quinze anos, como aquele que trata da avaliação da eclesialidade dos outros, por exemplo. Mas, no âmbito da teoria, não se adiantou nada desde então; o reconhecimento prático, esse progrediu. Evidentemente, tínhamos considerado a questão do ponto de vista católico”.

Ensaios Ecuménicos | Essais oecuméniques, le mouvement, les hommes les problèmes | Yves Congar | Verbo, 1985, 330 páginas


Obra fundamental para a história do ecumenismo do lado católico até ao pontificado de Paulo VI. Yves Congar, francês, “o apóstolo da paciência” – tantas foram as vezes que se calou por ordens superiores –, foi padre dominicano (1904-1995). Em 1994, foi nomeado cardeal por João Paulo II. Os seus “Diário de um teólogo” e “Diário de um teólogo no concílio” são obras espantosas para perceber a grandeza do homem e a sua actividade (e também o seu sofrimento).

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