Na última “Courrier internacional” (Junho 2009), diz Shlomo Sand, em entrevista: “Ser judeu não é uma essência, é viver numa grande religião”.
Eu pensaria exactamente o contrário, baseando-me na experiência daqueles que, convertidos ao judaísmo, nunca parecem realmente judeus (estou a pensar em Miguel Esteves Cardoso – como pensar que a sua conversão foi sincera, ainda que também não possa disso duvidar? – e noutra pessoa que não conheço, mas de quem me disseram que por muito que se esforçasse, era tida como judeu de segunda pelos judeus mais antigos). Baseando-me no não-proselitismo que, afinal, o mesmo Shlomo Sand desmonta. Houve épocas de proselitismo judaico. E, ainda, baseando-me no princípio: Judeu é aquele que nasce de mãe judia.