Morreu há dias o Marquês de Fronteira, Fernando Mascarenhas
(deixa ver… foi no dia 12 de novembro), que se opôs à ditadura - “marquês
vermelho” - e foi mecenas da cultura nos tempos democráticos.
E lembrei-me disto porquê? Não sei da fé do marquês, embora
se diga que o funeral teve missa, mas lembro-me de ter lido algures que os
Marqueses de Fronteira apoiaram o Padre Carlos João Rademaker (1828-1885), que
foi o principal impulsionador da restauração da Companhia de Jesus em Portugal.
E julgo que por causa disso, há cerca de uma década, uma edição dos “Monita
Secreta” foi apresentada no Palácio dos Marqueses de Fronteira.
O livro “Monita Secreta” (“Instruções secretas”) são umas
falsas instruções da cúpula dos jesuítas, escritas por um polaco dissidente dos
jesuítas, no princípio do séc. XVII. Há quem diga que os “Monita Secreta” estão
na origem de toda a literatura conspiracionista. E não digo mais, caso contrário, ainda levo o leitor a engrossar as fileiras dos que acreditam nos conteúdos do livro. Aliás, nem devia ter falado nisto.
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