terça-feira, 18 de novembro de 2014

Gálatas 3,28

A Igreja Anglicana aprovou na segunda-feira a possibilidade de ordenar mulheres bispas. Já podiam ser ordenadas em cinco países da Comunhão Anglicana, mas não em Inglaterra. Tenho pena de os católicos não estarem à frente nisto.

26 comentários:

Anónimo disse...

os católicos? Ainda estão na Idade Média!!!

Anónimo disse...

Graças a Deus.

Fábio Timóteo disse...

Graças a Deus que os católicos não comungam dessa besteira, prefiro que continuem fiéis a Cristo e ao Evangelho, alias Jesus fez tantas mudanças, se Ele quisesse mulheres sacerdotes e bispas, acho que Ele teria feito né...o problema é que muitos acham que a Igreja é deles e não mais de Cristo

Jorge Pires Ferreira disse...

Tem toda a razão. Jesus não ordenou mulheres sacerdotes. Nem homens. Jesus não ordenou qualquer sacerdote. Aliás, Jesus não gostava lá muito dos sacerdotes. E os sacerdotes contribuíram para a morte de Jesus. Jesus e sacerdotes, de facto, são coisas que não combinam.

Anónimo disse...

OK, Jorge, é neotestamentariamente sustentável; mas a Igreja Católica não deixa de ser, prática e doutrinalmente, uma religião sacerdotal, da consagração das espécies aos sinais indeléveis e por aí em diante; há aliás muito pouco na especificidade católica, que não seja sacerdotal, penso eu.

O Jorge acha que o catolicismo não é sacerdotal, ou que este não é um elemento essencial à Igreja Católica?

alexandre

Jorge Pires Ferreira disse...

Concordo, Alexandre. O catolicismo é muito sacerdotal. Mas o que incapacita as mulheres e possibilita os homens de serem sacerdotes, não já como no NT, mas como representantes de Cristo na Igreja?

Anónimo disse...

Penso que a tese do magistério é que o sacerdócio não é representação mas mistério ontológico; o sacerdote não representa cristo, mas age "in persona", isto é, é mesmo Jesus Cristo que se actualiza no sacerdote e nas acções sacramentais.

A justificação de "ter de ser homem" para que tal acção ontológica ocorra, não parece muito clara; a tradição católica acrescenta que no Novo Testamento, Jesus apenas indiciou homens para o apostolado.

Mas sei que o Jorge sabe isso melhor do que eu; estou sou na palheta; o que me interpelou nem foi esta questão de género, mas a sua eventual leitura anti-sacerdotal dos evangelhos, com a qual até tendo a concordar; mas eu não sou católico, e fiquei curioso, mesmo que tal leitura anti-sacerdotal tenha sido dada em, quiçá, uma irónica réplica a um comentador.

alexandre

Jorge Pires Ferreira disse...

Alexandre, evidentemente, neste tipo de diálogo, as respostas fazem sempre eco das perguntas e comentários.

Parece-me que o que importa é que Cristo seja humano - e não homem. O agir in persona Christi não pode ter nada a ver com a sexualidade de Cristo, mas sim com a sua humanidade/filiação divina. Seria tão absurdo como dizer que para agir na e para a igreja se tem de ser feminino, porque a Igreja é feminino, tal como o Espírito Santo (Ruah/Pneuma).

Por outro lado, é certo que Cristo escolheu apóstolos. Daí até que a ordenação esteja ligada à escolha dos apóstolos é preciso um grande salto. Não é linear. Mas vamos supor que sim. Jesus não escolheu só apóstolos. Escolheu 12 apóstolos (homens), judeus. Se quisermos manter a totalidade do símbolo, mantenhamos: só pode haver 12 padres, homens e judeus. Mas isso não faz qualquer sentido e a igreja mudou logo tudo, a começar por Paulo que trata mulheres por apóstolo.

Anónimo disse...

compreendo.

mas então considera que a Igreja se constitui mais no debate do que numa hierarquia de comando?

é que visto de fora, parece ser essa uma das funções do munus pastoral dos bispos católicos.

alexandre

Anónimo disse...

PS: talvez não tenha ficado claro, quis dizer que o "comando" me parece uma das funções do magistério episcopal

Anónimo disse...

Tanta conversa para não chegar a lado nenhum. Quem lhes disse que Jesus não escolheu mulheres? Ah! Já sei! Os Evangelhos que a Igreja Católica decidiu serem os válidos, aqueles que a própria, ao longo de anos foi manipulando, recopiando, reescrevendo, retirando e acrescentando a seu bel prazer, até chegarmos ao descalabro em que nos encontramos. Não foi o Papa Gregório I quem decidiu que Maria Madalena era uma pecadora? E ele, o que seria? Pedófilo? Gay? Misógino? Tarado sexual? Também não foi um Papa que teve a ideia peregrina, oops, "inspirada pelo espírito santo, de dizer que Maria, a mãe de Jesus, continuou virgem depois de o conceber e até depois do parto? Não foi o mesmo que decidiu que Maria casou com José mas não teve mais filhos, obrigando José à castidade total. Não há paciência para tanta historieta!
Numa coisa o Jorge tem razão, Jesus não apreciava os sacerdotes e foram os sacerdotes que o condenaram e exigiram o seu assacinato. E nesse acto hediondo e execrável quais foram os apóstolos, os tais "escolhidos" que estiveram com o seu Mestre até ao último suspiro? Pedro? Mateus? Lucas? Marcos? Deve ter sido Paulo de Tarso...

Anónimo disse...

Na verdade penso que a Igreja católica não é sacerdotal! Pode perecer mas não o é. Jesus é o único e eterno sacerdote segundo a ordem de Melquisedec, os presbíteros (e não sacerdotes) aquando o ofício divino, representam Cristo que age neles.
Contrariamente ao mundo judaico, Jesus e o Cristianismo põem a mulher e homem em igualdade de circunstancias, o Espírito Santo no dia de Pentecostes desce sobre todos os que se encontravam reunidos, mulheres incluídas, como tal julgo não haver qualquer problema em ordenar mulheres, aliás penso que a helenização do cristianismo (e os seus vestígios actuais) é que “destituem” a mulher da dignidade conferida.

Ismael

Anónimo disse...

Enquanto a igreja continuar a ser e a agir como instituição, está irremediavelmente perdida. Enquanto colarem na boca de Jesus as palavras manipuladas por homens, aquilo a que assistiremos, será sempre o circo humano, expondo as suas vaidades, misoginias e acima de tudo o seu mais profundo egoísmo. Quem ainda não se deu conta disto e não assumiu esta verdade, entre muitas outras misérias humanas que não cabem aqui, ou é cego, ou perdeu completamente a sua dignidade como pessoa de fé.

Anónimo disse...

Pois... quando se coloca a teologia atrás do sentimentalismo acéfalo dá nessas penas.

Anónimo disse...

Ismael

A distinção sacerdotal e respectiva hierarquização mantêm-se, visto apenas aqueles que têm o sacramento da ordem puderem agir "in persona" do único sacerdote (Cristo); simultaneamente, é afirmada a "igualdade" na participação sacerdotal, de leigos e ordenados, pois todos são chamados à santificação, que não é mais do que o "Cristo vive em mim" de Paulo. E, evidentemente, se as mulheres são também inteiramente chamadas à santidade, não se vê bem como não poderão agir "in persona". Ou será que o Espírito as habita sem que Cristo aja nelas?

Deve ser a famosa conciliação de contrários que justifica o paradoxo da cruz, das duas naturezas numa substância, da transubstanciação do pão, e que aqui aplicada dá algo como a "igualdade sacerdotal na exclusão de funções sacerdotais".

Mas não deixa de ser isto, esta tensão, que constitui a Igreja Católica; dizer que ela "parece" sacerdotal mas no "fundo" não é, exprime mais a contradição do que a resolve.

alexandre

Anónimo disse...

2:15 da tarde, a teologia é apenas blá blá blá humano… Jesus é mais do que isso… ou quer colocar a teologia à frente de Jesus! Não há teologia que possa salvar as acefalias da alma, amigo. O pior que poderiam ter feito a Jesus e à causa do seu Evangelho, foi embrulhá-lo num pacote de teologias que apenas servem fins que levam a estas doenças espirituais que resultam nestes produtos da insanidade humana, como por exemplo as misoginias, ect… etc… Não há melhor caldo para a doença espiritual do que o campo da teologia…! Como se Deus fosse alguma espécie de “batráquio” que se possa dissecar num qualquer laboratório da idiotice humana.

Anónimo disse...

Ainda sobre as chamadas “teologias”… (sou o comentador das (9:50 da manhã).

O problema maior não é a teologia em si mesma, cada um é livre de divagar e moldar o rosto do seu Cristo... (se ainda fosse para procurar aproximar-se e “perceber/compreender” Deus, aqui então não haveria nada de negativo, antes pelo contrário..! Mas não é assim… porque o problema/perigo real que aqui está implícito, é usar-se a teologia, (uma elaboração do pensamento meramente humano, «é este os sentido/significado duro e puro desta» sintetizando…), para desvirtuar e desfigurar o próprio rosto de Jesus e a sua mensagem, algo que tem sido uma constante ao longo da história da Igreja (instituição). E como se isso não bastasse, ainda a tentam impor como a única verdade divinamente inspirada, (imaginem, divagações elaboradas por homens!), quando aquilo que mais se tem constatado, é os resultados absurdos e totalmente anti-evangelho, na abordagem que esta tem feito e faz, a alguns dos referenciais mais importantes da humanidade! E ainda há quem se espante com o crescimento do distanciamento das pessoas em relação a tudo que envolva religião. E ainda há quem venha aqui atirar améns, soltando loas, não se coibindo de usar o nome de Deus em vão, por a igreja ainda viver na idade média. Isto só visto…! Até quando Senhor nos suportarás…!

Anónimo disse...

Por fim… há também quem se entretenha ainda aqui e por aí, com discursos carregados de uma linguagem cada vez mais distante da simplicidade do Evangelho, (como é útil que o povo simples não chegue ao entendimento das coisas simples como é o Evangelho e as palavras de Jesus!)… divagando sobre as tais identidades sacerdotais da Igreja, se, como já aqui foi dito, Jesus nunca teve e não tem nada a ver com esse tema, antes pelo contrário, não houve ninguém que fosse tão duro e “violento” com o tema e a casta sacerdotal, como o foi Jesus… por alguma razão foram estes mesmos que engendraram a sua condenação há morte…!

Anónimo disse...

Precisamente, 12:33 da tarde!

Anónimo disse...

1:44 da manhã
Até parece que Jesus promoveu bispices, sacerdotices, cardealices e papices. Você é mesmo burro, né? Dá pra perceber que NUNCA leu devidamente, se é que alguma vez leu, os Evangelhos. Se leu, não percebeu mesmo nada, né? O papa, o cardeal, o bispo e o sacerdote percebem por você, né? Percebem aquilo que eles querem que burros como você percebam. E sabe, burros como você merecem isso mesmo. Continuem assim. Sejam felizes assim. E continuem a pagar para ser.

Anónimo disse...

Então, para quem não leu, para os misóginos, para os homossexuais não assumidos, mascarados de celibatários, e para todos os que acreditam no que homens de saias lhes dizem (não confundir com escoceses) lhes dizem,aqui fica o que está escrito em Gálatas 3, 28:
"Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus."

Anónimo disse...

"Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus."... tadinho, quer então dizer que os muçulmanos podem ser ordenados? É tudo igual? Há cada adémia desprovida de um mínimo de inteligência... só é pena que nãos e façam escravos, sei lá, dos muçulmanos do ISIS para mostrarem que "não há escravo nem livre". Força aí!

Anónimo disse...

Porque é que um muçulmano, tornado católico, não há-de poder ser ordenado? Há com cada uma.

Anónimo disse...

Só para esclarecer, anónimo das 12:17 da tarde, quem escreveu esse texto foi S. Paulo. Se não está de acordo, reclame no livro amarelo.

Alexandre Carvalho disse...

O próximo passo será ordenar homossexuais militantes para o "episcopado", as seitas farão de tudo para tentar esvaziar a Igreja.

Anónimo disse...

O próximo passo será ordenar homossexuais militantes para o "episcopado" ó 12:03 da tarde? Já lá andam, não se deu conta? Esse passo já foi dado e já há quem viva no paço também conhecido por casa episcopal, muito bem acompanhado para ter sonhos cor de rosa, pelo seminarista eleito e que depois ordenou padre para continuar dama de companhia no paço. Passos desses é o que mais se têm dado.

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No início de novembro este meu texto foi publicado na Ecclesia. Do meu ponto de vista, esta é a questão mais importante que a Igreja tem de ...