sexta-feira, 5 de julho de 2013

João Paulo II curou um aneurisma

No CM de ontem. O milagre que iria surpreender o mundo (ver aqui) é a cura de um aneurisma. Ok, um aneurisma é uma coisa complicada, mas parece-me que o mundo não ficou lá muito surpreendido.

Sempre que me falam de milagres, a minha fé (admito, não deve ser muita) enfraquece-se um bocadinho.

22 comentários:

Anónimo disse...

Compreendo. Falta uma boa e sádia teologia do milagre.

Peter disse...

Há muito que nada a intrigar-me esta dos milagres necessários-obrigatórios para ficarmos seguros que tal coração afinal é mesmo santo, como se a sua vida e caminhada entre nós não fosse suficientemente clara para percebermos isso…. Se calhar essa “obrigatoriedade” do milagre já elaborado do outro lado é um sistema para verificar se tal coração atende o telefone celestial por causa de alguma chamada aflita aqui do bairro terrestre! Quem sabe, talvez assim não há margem para erro humano quando se elevar aos altares esse irmão(â)!!!

Haja Deus… não me é nada difícil entender a afirmação do amigo Jorge quando diz que a sua “fé “enfraquece-se um bocadinho”… com todas estas dramatizações dos milagres…! Mas será que esta gente santa ainda não percebeu que o MILAGRE somos cada um de nós já aqui na Terra.. e que se temos como Pai o SANTO dos santos, então se somos sues filhos, somos todos já santos em aperfeiçoamento até ao abraço final!

Ai Senhor, misericórdia… e depois ainda há quem fique na expectativa de encontrar finalmente por aí uma dessas boas e perfeitas “fábulas teológicas” que ensinam estas coisas absurdas! E ainda há quem diga e sugira que precisamos: “de uma boa e sádia teologia do milagre”...

...disparates e fábulas é que são...e que nada mais servem do que nos afastar cada vez mais de um perfeito equilíbrio de uma boa higiene-saúde espiritual da nossa alma-coração-razão…! Realmente mais vale perder tempo a ler um bom volume do Tio Patinhas, pelo menos a gente mantém alguma alegria e riso na vida e na alma… mal de todos aqueles que já nos precederam nessa caminhada para a casa do Pai se a linha do telefone celestial fosse cortada por falta dos tais milagres que cada um deve fazer para ser considerado santo…! Acode o teu povo Senhor e tem misericórdia…

Anónimo disse...


Já o disse uma vez: Não acredito em milagres. Se houve cura de um aneurisma, mais não foi do que a reposição daquilo que à partida era normal. E o que é normal no Reino de Deus, é não haver doenças.

Um milagre mais não é do que o desfazer de uma imperfeição. Assim, não se deve encarar uma milagre como algo de extraordinário, mas sim algo que ocorre mais vezes do que aquelas que aparecem nos jornais.

O termo Milagre é sempre entendido como a ocorrência de algo impossível. No entanto esse "impossível" resulta apenas na reposição da normalidade.

Não sei se o Papa (ou pela sua intercessão), fez algum milagre. Mas todos os dias, pela oração dos vivos, Deus opera milagres no mundo. Deus "Repara" as imperfeições do mundo.

A menos que os meus caros amigos católicos já não acreditem no poder da oração, já não acreditem no poder de Deus intervir no mundo que Ele próprio criou, e já não acreditem que o Reino de Deus já está entre nós. Ainda não plenamente, é certo, mas já presente e. Jesus ressuscitado.

Assim. eu não digo que:

"Sempre que me falam de milagres, a minha fé (admito, não deve ser muita) enfraquece-se um bocadinho".

Eu digo que por causa da minha fé (e da fé de outros), seja grande ou pequena), Deus opera milagres entre nós. E esses milagres são sinais de que o Reino de Deus chegou e opera entre os crentes.

Nos Evangelhos Jesus é muito claro sobre os milagres. Entendam-se, ou não, como símbolos, ou como estilo literário, eles apontam sempre para uma ideia de uma reparação de uma imperfeição:

Da doença à cura

Da morte à vida

Por favor, não limitem o poder de Deus. Isso é uma ofensa ao Seu amor pelos homens.

JMC

Anónimo disse...

Os milagres acontecem na medida da nossa fé. Jesus o afirma por diversas vezes, “vai em paz que a tua fé te salvou!”. O milagre nada é para Deus que tudo criou, mas para nós criaturas que desconhecemos todas as leis pelas quais a natureza se rege e, leis essas, que o Pai segue (foi ele que criou essas “leis”) o milagre parece algo maravilhoso e impossível. O acontecimento de algo “maravilhoso”para nós criaturas deve ser sempre visto como uma manifestação do Amor do Pai, como um “mimo” de pai para filho, porque para Deus nada é impossível, contudo isso não quer dizer que para nós criaturas também assim seja; Deus agindo através de “leis” desconhecidas para nós intervém fazendo o milagre, para nos lembrar que está lá para nós… “ pedi e ser-vos-á concedido, batei e abrir-se-vos-á!”.
O importante aqui é saber que o Pai nos ama e, para nós católicos saber que pela intersecção dos santos nos vai dando o sinal do seu Amor, sempre na medida da nossa fé!

José Pinto

Anónimo disse...


Concordo consigo Paulo Pinto. O seu texto é inteligente e esclarecedor. No entanto, não se esqueça de que não é só pela intercessão dos santos que Deus vai dando sinais do Seu amor pelos homens, mas sobretudo pela oração sincera a Deus em nome de Jesus.

JMC

Anónimo disse...

O que é o maior milagre: criar o universo do nada ou curar um aneurisma? Somente o racionalismo egocêntrico patenteado neste blog por pessoas como o anónimo Peter (haverá maior cobardia do que se esconder atrás de um nome falso?) impede o acolhimento da acção do amor que faz possível o que palermas ignorantes estimam ser "coisas absurdas". Esta cegueira à possibilidade de Deus agir de um modo espiritualmente causal no Universo (que face a Deus não é um sistema fechado) é a epítome da estupidez cristã.

Anónimo disse...

Que mal tem, Peter, uma «boa e sádia teologia do milagre»?

Peter disse...

Anónimo (12:22 AM), nem vou comentar o que disse, as suas palavras dizem tudo e falam tudo sobretudo esclarecem aqui aqueles(as) que me acusam tanto de insultos!... No entanto, quero deixar-lhe um aviso muito claro, não julgue que o anonimato num qualquer lugar por detrás de um monitor o imuniza ou lhe dará alguma impunidade sobre os seus actos… penso que sabe o que é um IP fixo e as mil e umas técnicas e meios legais para levá-lo a assumir as responsabilidades dos seus actos e palavras, penso que conhece suficientemente a lei para saber do que falo neste momento… admito e acolho tudo, mas já ultrapassou todos os limites aqui, já chega de ataques à minha dignidade, fica por isso avisado que não terei nenhuma dificuldade ou dúvidas em apresentar uma queixa contra si nos locais próprios e ir com o tema até às últimas consequências.. não me subestime, o nome que uso é uma opção livre num estado livre… se não consegue viver com o seu anonimato é problema seu… ser cristão não é sinónimo de fraqueza nem outras coisas, espero que tenha percebido bem o que aqui lhe falei!

Peço também ao Administrador deste espaço que ponha cobro e não permita mais este tipo de ataques indignos contra a dignidade da pessoa.. uma coisa é expressar pontos de vista e opiniões, outra coisa é a falta de respeito pela dignidade pessoal de alguém que aqui expõe as suas ideias e visões sobre os assuntos aqui partilhados, atacando da forma mais vil a opinião diferente, algo que se vem agravando e agudizando ultimamente ao ponto de já não se olhar à própria dignidade humana da pessoa… espero não ter que voltar a este assunto e a esclarecer com mais detalhes a gravidade que carrega tal assunto!

Peço-lhe desculpa Jorge, mas não posso mais permitir que continuem a faltar-me ao respeito e sobretudo a tocarem assim tão vilmente na minha dignidade humana!

Peter disse...

Anónimo (11:22 AM)… não tem mal nenhum nenhuma teologia, desde que ela não interfira com a liberdade de pensar e criar de quem faz caminho com Deus… se ela ajuda a abrir portas tudo bem, mas se ela apenas se apresenta como produto final sobre a revelação e o caminho para chegar mais perto de Deus é aí que ela tem e faz mesmo muito mal, porque impede de ser a própria pessoa a caminhar-descobrir por si mesma na descoberta da imensa riqueza da Revelação que nunca se esgota nem se esgotará num qualquer tomo de teologia ou outro… o problema base está em impor a teologia sobre outra opção livre qualquer de caminho para Deus… só isso.. quem quiser e desejar pois que beba e a rodos da teologia, (santa liberdade dos filhos de Deus) mas não a imponha ao outro nem impeça com ela o outro de fazer o seu próprio caminho… presumir que só pela Teologia chegaremos a Deus é a maior prisão da liberdade espiritual que podemos oferecer ao outro…

Não é ela, a teologia uma soma de pensamentos humanos escritos?!!! Assim como se pode escrever um livro de teologia tb se pode escrever um qualquer livro sobre outro assunto.. só isso...

Anónimo disse...

Peter: onde está o insulto nas palavras do anónimo das 11:22 (já as suas palavras são frequentemente o cúmulo do insulto)? Deixo aqui as suas palavras novamente:

«O que é o maior milagre: criar o universo do nada ou curar um aneurisma? Somente o racionalismo egocêntrico patenteado neste blog por pessoas como o anónimo Peter (haverá maior cobardia do que se esconder atrás de um nome falso?) impede o acolhimento da acção do amor que faz possível o que palermas ignorantes estimam ser "coisas absurdas". Esta cegueira à possibilidade de Deus agir de um modo espiritualmente causal no Universo (que face a Deus não é um sistema fechado) é a epítome da estupidez cristã»...

Anónimo disse...

Onde é que há insultos to texto transcrito, Peter? Olhe que eu apoio-o há muito, mas o seu ódio a quem o critíca começa a cegá-lo. Tenha cuidado.

Peter disse...

"(haverá maior cobardia do que se esconder atrás de um nome falso?)"

"que palermas ignorantes estimam ser "coisas absurdas"

"é a epítome da estupidez cristã»..."

Anónimo 6:37 sabe ler o que foi escrito aqui pelo anónimo 11:22 AM...

Desses apoios assim tão distraídos agradeço mas não os aceito ... acho-os até muito estranhos!!!


Peter disse...

Se precisar faço uma colecção-recolha aqui de muitos insultos anteriores e bem claros, um dos últimos passou os limites para que avive a sua memória e o ajude a ver mais claro... eu posso usar muitas vezes de alguma dureza nos meus comentários e até colocar muita coisa em causa que outros vivem como Fé, mas nunca insultei a dignidade pessoal de ninguém percebeu!

Espero que este caminho do desrespeito acabe de uma vez por todas, e quem deve ter cuidado não sou eu, sei bem o que digo e onde ando com os pés! E se existem dúvidas o arquivo deste blog é suficientemente claro!

Peter disse...

Para não ir mais longe no tempo, anónimo das 6:37 PM deixo-lhe apenas estes dois últimos casos:

Anónimo 11:49 AM (Na história só há um acontecimento: a Encarnação.)

“Pois é... só é pena que em 99% dos casos só diga m€rd@...”
-----------------

Anónimo 11:30 PM :“Peter: eixe-me que lhe diga isto mesmo que o autor deste blog me apague este comentário: vá para o c@r@lh0. Istonão é um insulto, é um cumprimento com um acento-tónico no fim.”

Nem comento...

E olhe caro anónimo, se considera a minha opinião livre sobre vários temas aqui tratados o “cúmulo do insulto” então é porque não carrega mesmo a capacidade de dialogar e discutir na diferença de opiniões e experiências que cada um traz para o debate…

Peter disse...

Uma coisa é a ironia, e discordar nos temas, outra é a maldade pura e dura e os ataques à minha dignidade pessoal ... e isso não vou permitir nunca mais, seria faltar-me ao respeito a mim próprio... espero que termine este caminho...para bem de todos os envolvidos...

... e para que fique bem claro, não abandonarei este espaço e deixarei de dar participar e criticar construtivamente em busca da verdade, que é o que me traz até aqui... por isso, se é esse o objectivo dos insultos, erram redondamente! Sou uma pessoa totalmente livre!

Peter disse...

Por fim, noto que se anda a usar muito a palavra "ódio" apontando-ma como vivência minha em relação aos outros que discordam comigo!

Se formular opiniões e discordar com a opinião de alguém ou do status das ortodoxias religiosas é ódio, então algo de muito errado está naqueles que me apontam tal coisa, (para não falar nas inúmeras reacções abruptas e duras cada vez que emito uma opinião aqui) ...jamais poderia odiar alguém, mesmo que esteja muito em desacordo com tal pessoa... é profundamente doentia tal afirmação e acusação contra a minha pessoa! Ela só revela a incapacidade de diálogo e de acolhimento da diferença que Deus imprimiu em cada um de nós...

Jamais poderia acolher tal acusação, é até indigno de quem a usa contra mim só porque não faço nem participo do mesmo caminho...

Meu Deus, mas onde andamos nós como Igreja !!!! Será mesmo isto a Igreja do Pai...?!!!

Anónimo disse...

Este blog. Onde ja andei em tempos com nome, atingiu um nivel demencial. ....

Peter disse...

.. de Spinoza sobre Deus… esta é a minha única “demência”, abençoada seja porque ela me aproxima cada vez mais desse Deus que ainda nos procura.. me procura… ainda que abundem as sombras levantadas pelas poeiras dos homens…

“Pára de rezar e bater no peito! O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes da tua vida. Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti.
Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa.
A minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias. Aí é onde Eu vivo e aí expresso o meu amor por ti.
Pára de me culpar pela tua vida miserável: Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que a tua sexualidade fosse algo de mau.
O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar o teu amor, o teu êxtase, a tua alegria. Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer.
Pára de andares a ler supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não me podes ver num amanhecer, numa paisagem, no olhar dos teus amigos, nos olhos de teu filhinho... Não me encontrarás em nenhum livro!
Confia em mim e deixa de me pedir. Tu vais-me dizer como fazer o meu trabalho?
Pára de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor.
Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz... Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso culpar-te se respondes a algo que eu pus em ti? Como posso castigar-te por seres como és, se Eu sou quem te fez? “

(cont.)

Peter disse...

“Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso?
Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti.
Respeita o teu próximo e não faças o que não queiras para ti. A única coisa que te peço é que prestes atenção à tua vida, que o teu estado de alerta seja o teu guia.
Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. Esta vida é o único que há aqui e agora, e o único de que precisas.
Eu fiz-te absolutamente livre. Não há prémios nem castigos. Não há pecados nem virtudes. Ninguém leva um cartaz. Ninguém leva um registo.
Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.
Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso dar-te um conselho: Vive como se não houvesse. Como se esta fosse a tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim, se não há nada, terás aproveitado a oportunidade que te dei.
E se houver, tem a certeza que Eu não te vou perguntar se foste comportado ou não. Eu vou perguntar-te se tu gostaste, se te divertiste... Do que mais gostaste? O que aprendeste?
Pára de crer em mim - crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti. “

(cont.)

Peter disse...

“Quero que me sintas em ti quando beijas a tua amada, quando agasalhas a tua filhinha, quando acaricias o teu cão, quando tomas banho de mar.
Pára de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja?
Aborrece-me que me louvem. Cansa-me que agradeçam. Tu sentes-te grato?
Demonstra-o cuidando de ti, da tua saúde, das tuas relações, do mundo. Sentes-te olhado, surpreendido? Expressa a tua alegria! Essa é a maneira de me louvar.
Pára de complicar as coisas e de repetir como um papagaio o que te ensinaram sobre mim. A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas. Para que precisas de mais milagres? Para quê tantas explicações?
Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro... aí é que estou, palpitando em ti. “


Baruch Spinoza (1632, 1677 Haia - Holanda)

Anónimo disse...

Nem a sua fé nem a sua capacidade de previsão, pois garantia que depois do que se soube sobre o pontificado de João Paulo II a canonização seria congelada. Lembra-se? Foi congelada una meses...

Lol

Anónimo disse...

Caro JMC concordo consigo, falei na intercessão dos santos apenas para “justificar” as canonizações e uma das razões pelas quais veneramos os santos (para além de nos servirem de modelo de vida...) mas é claro que a oração é dirigida ao Deus uno e Trino. Os santos são como que testemunhas do nosso esforço, fé e merecimento. Se calhar estou a dizer “um disparate” mas é assim que eu vejo as coisas. Que alguém mais esclarecido me elucide. E já agora Paulo Pinto é o meu irmão mais novo, mas não tem mal a confusão pensamos e até escrevemos de forma semelhante.

Cumprimentos

José Pinto

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