Início do texto de Anselmo Borges no DN de hoje:
Absurdistão será o reino do absurdo - do latim, por contaminação, de ab-sonus (que não soa bem) e surdus (surdo, que não percebe), ab-surdus: etimologicamente, absurdo é, pois, o dissonante, e, depois, o contra-senso. Num Dicionário de Filosofia, poderá encontrar-se esta definição: a destruição de uma relação normal ou lógica que se esperava entre as coisas ou entre si e o mundo. A situação portuguesa é, neste nosso tempo, assim: surreal, que não se entende, com um futuro incerto e perigoso.
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