sexta-feira, 10 de maio de 2013
P.e Calado Rodrigues: "Ordenação de mulheres"
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15 comentários:
João Paulo II E Bento XVI decretaram que a questão está fechada. A Igreja não tem essa faculdade. Ponto final. Mas os ex-seminaristas, os Anselmos e os Calados cá do burgo acham que não. Podem esperar...sentados.
Rui Jardim
Não tem essa faculdade? Tem tantas. Tem a de economia, a de teologia, a de artes. Tenha também a das mulheres. Se decidiu batizá-las(há algum batismo feminino na Bíblia?), porque não há-de ordená-las?
Rui Jardim, não recebi onde é que Bento XVI decretou que a questão está fechada. Escapou-se esse documento. Pode indicá-lo?
Está nesse artigozeco: "a Igreja não tem autoridade para o fazer".
Rui Jardim
Ah, o Bento XVI decretou numa entrevista. Pensava que tinha sido num decreto. Num documento qualquer oficial O Papa Francisco também já está farto de decretar coisas nas homilias. Todos os dias decreta.
Um bocadinho de mais seriedade e rigor ("João Paulo II E Bento XVI decretaram que a questão está fechada") não fariam mal a ninguém. Bento XVI não adiantou nada ao assunto.
Estou a tentar ver se compreendo esses paradoxos que cada vez mais se vão petrificando, sobretudo em corações que parece que levaram um tal mergulho impulsionado por outros nessas formatações geradas nas incubadoras do pensamento grego no que concerne ao tema da mulher, e que se radicaliza cada vez mais nessa imposição do decretado, não se coibindo, imagine-se, de o imporem como definitivo e intocável até ao próprio fluxo do Espírito Santo que é quem guia o caminhar do povo de Deus que faz acontecer Igreja!
Resumindo a minha perplexidade, já não bastava tais almas não terem ainda entendido a tal questão simples e clarividente aqui atirada por um anónimo sobre a inexistência de um “baptismo feminino” como ainda, e aqui vou rebuscar uma frase de Pio XII, (pelo menos tal figura é insuspeita no tema) que a determinado momento da história da Igreja escreve tal convicção:
“Convencidos de que "a grandeza do sacerdócio está na imitação de Jesus Cristo",[ Cf. Pio XII, Discurso de 16 abril de 1953: AAS 45 (1953), p. 288.]
Agora vá-se lá saber porquê, tais ortodoxias serem tão radicais na impossibilidade da mulher aceder a tal ministério que a constatar pelo pensar de Pio XII tem a sua grandeza projectada e direccionada como alvo máximo na imitação de Cristo, isto é, a SANTIDADE…. e aqui não esquecer que a própria Igreja canoniza mulheres, enquanto por outro lado as vai amputando nesse caminho da santidade.!
Mas, ser SANTO não é a vocação de todos, homens e mulheres!!! Ou o estado sacerdotal é algo à parte do tema e por isso ultrapassa e sobrepõe-se a essa plenitude e meta final de qualquer filho e filha de Deus!
Valha-nos que o próprio Filho de Deus não deixou algum recado a nenhum daqueles homens e mulheres que o acompanharam nos primeiros dias sobre o que pensava e qual era a sua opinião definitiva sobre o tema…!
para quem for tendo paciência para esperar alguma coisa...que acontecerá, mais tarde ou mais cedo, inevitavelmente.
O que não entendo é a alusão a "convulsões". a mulher é um animal perigoso...deve ser a leitura destes tímidos assustadiços.
Espero que se debata este tema mesmo a fundo. Assim concluir-se-á que é um não tema (98% dos católicos a nível mundial disseram, em 2010, que era uma questão irrelevante) sem fundamento teológico de fundo.
Anónimo (7:31PM)…essas estatísticas devem estar na mesma proporção da realidade portuguesa sobre o tema, e olhe que só lhe dou um exemplo de uma das dioceses mais “conservadoras” de Portugal:
“Metade dos católicos em Braga favorável à ordenação de mulheres e a padres casados"
http://www.publico.pt/sociedade/noticia/metade-dos-catolicos-em-braga-favoravel-a-ordenacao-de-mulheres-e-a-padres-casados-1417975
Agora é só fazer a viagem para fora desses quintais paroquias e perceber e escutar a realidade!
Como se a hierarquia alguma vez tivesse escutado ou querido saber para alguma coisa da opinião das bases…! Inocências…!
Peter
Sinceramente esta é uma questão que enquanto crente pouco ou nada me interessa.
A integração das mulheres ordenadas em cargos de maior visibilidade que essa sim acho consensual hoje, a inclusão dos leigos nos variados organismos onde as suas competências "civis" possam ser exploradas para o bem de todos, sim.
Ainda assim lamento que um assunto como estes possa ser ou não legitimado por sondagens, como se a Igreja e a sua doutrina e disciplina estivessem no domínio do político, quando eu acho que o transcendem. "A Igreja não é uma democracia" e eu da minha parte ficaria assustada se algum dia fosse, isto é, que não haja nela um valor mais alto sempre acima da simples maioria ocasional.
Bem me entristece que a hierarquia não nos ouça mais, não nos permita colaborar e seja em muitos aspetos derrotista, aceitando como perdida a batalha contra a secularização que cada vez mais se torna agressiva. Quem pensa o contrário experimente falar de Cristo e da Igreja aos mais jovens que não tenham tido qualquer educação religiosa e talvez adivinhe o que aí vem.
Era nisso que deveríamos estar concentrados todos, leigos e consagrados, homens e mulheres, novos e velhos. Porque não será com acomodações estéticas à vontade da maioria que o problema de fundo - o escândalo da fé em Jesus - se resolverá nem assim a Igreja poderá de facto evangelizar, se é que ela ainda pensa ser essa a sua obrigação
Maria João Brás
Já que se dirigiram a mim sem que eu me tivesse dirigido a quem quer que seja, faço notar apenas duas coisas:
1) ser favorável à ordenação de mulheres não é bem o mesmo que achar que isso seja um tema relevante (e quanto à opinião dos quintais e ruelas estamos conversados: vão na linha do que eu digo e sobretudo para eles terem um padre imoral "é lá com ele");
2) o mundo do catolicismo não se reduz nem a Braga nem às sociedades permeadas pela febre de que os homens são iguais à mulheres (na Noruega os livros escolares já não usam a designação "menino" / "menina", mas "cria"; em Espanha já não se usa "pai" / "mãe", mas "progenitor 1" e "progenitor 2"), e achar que "só nós é que estamos esclarecidos e os demais sofrem de ignorância" (como disse certo movimento "de vanguarda") é uma total falta de respeito.
Anónimo (10:40 AM ), só um esclarecimento, ao dirigir-me a si fi-lo apenas com o intuito de situar-orientar a minha resposta a um comentário, era só para situarmo-nos e não para “pessoalizar” a questão, até porque não o conheço… e num diálogo anónimo!! E penso que colocar-emitir uma opinião num espaço aberto ao diálogo significa que ela está “sujeita” ao “escrutínio” dos leitores que não estão impedidos pelas regras do blog!!! a contraporem uma opinião à sua ou a qualquer outra aqui emitida!
Quanto à sua chamada de atenção sobre as tais “duas coisas”, ficam-me muitas dúvidas, senão vejamos:
Estatísticas feitas com dados retirados a partir de opiniões recolhidas seja sob que sistema for, não são eles resultados de uma soma de opiniões pessoais!?! Que diferença ou “relevância” existe entre uma opinião exercida através de um sistema qualquer “oficial” e a opinião pessoal de outros grupos de católicos, sejam eles oriundos ou não das tais “quintas paroquiais”?!!!? Ou os dados reunidos pelas estatísticas “oficiais”são os únicos que são fiáveis!? E olhe que ainda me restam muitas dúvidas se tais resultados serão totalmente reais, porque a constatar pela postura habitual das hierarquias, a opinião de uma grande parte (senão a maior) daqueles que fazem Igreja nunca foi tido em conta e depois viesse a ter algum peso nas decisões das pirâmides do poder dentro da instituição, ou estarei eu aqui a dizer alguma inverdade?!
E olhe, “parece-me que falta de respeito” será sim, quando afirmamos como certeza de Fé que o ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus (ou a mulher não é um ser humano só porque não é homem!!!), e depois andamos para aqui a medir a “febre” dos que dizem e afirmam sem qualquer preconceito a igualdade entre homem e mulher, ou ao caro acha que ambos não são PESSOAS com a mesma dignidade!
“Deus, porém, não criou o homem sozinho: desde o princípio criou-os «varão e mulher (Gén. 1,27); e a sua união constitui a primeira forma de comunhão entre pessoas. Pois o homem, por sua própria natureza, é um ser social, que não pode viver nem desenvolver as suas qualidades sem entrar em relação com os outros.” Gaudium et Spes. cap.1 (12)
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